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Via Varejo busca produtividade com tablets para vendedores

Atualmente em fase piloto em uma unidade do Pontofrio em São Caetano, o modelo deverá ser levado para cerca de dez lojas da rede até o fim do ano


	Tecnologias: adoção integral dos tablets pelo grupo deverá ocorrer em até um ano e meio
 (Dell/Divulgação)

Tecnologias: adoção integral dos tablets pelo grupo deverá ocorrer em até um ano e meio (Dell/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 13h23.

São Paulo - A empresa de móveis e eletroeletrônicos Via Varejo iniciou o uso de tablets por vendedores da bandeira Pontofrio, em iniciativa que será adotada por toda a empresa para aumentar a produtividade nas lojas e aproximar a experiência de compra da ofertada no comércio eletrônico. Atualmente em fase piloto em uma unidade do Pontofrio em São Caetano (SP), o modelo deverá ser levado para cerca de dez lojas da rede até o fim do ano, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Segundo o vice-presidente de Operações da companhia, Jorge Herzog, a adoção integral dos tablets pelo grupo deverá ocorrer em até um ano e meio, contemplando os cerca de 27 mil vendedores das quase 1.000 lojas combinadas do Pontofrio e Casas Bahia, bandeira que também é administrada pela empresa.

O executivo afirmou que a Via Varejo está aguardando a definição do plano de investimentos para o próximo ano para cravar o número de lojas que passarão a contar com os tablets em 2015, bem como os recursos que serão destinados para esse fim. Após um investimento de cerca de 1 milhão de reais no desenvolvimento do sistema para os dispositivos, a companhia, que é controlada pelo Grupo Pão de Açúcar, está negociando condições com fabricantes de tablets antes de escolher o fornecedor dos equipamentos.

Na fase piloto, estão sendo utilizados tablets da Apple. "Quando começamos a estudar a implementação, o foco inicial era na produtividade", disse Herzog. A Via Varejo calcula uma economia de cerca de 10 minutos na negociação do cliente com o vendedor quando os dispositivos são utilizados, para conversas de apenas 5 minutos.

Além da redução de papel, que deverá promover uma economia de "alguns milhões (de reais)" de acordo com o executivo, a iniciativa busca agilizar o registro de compra, também facilitando o acesso a informações técnicas dos produtos e de disponibilidade em estoque - dados que tradicionalmente são buscados em computadores das lojas.

"Se o cliente teve a oportunidade de comprar na Internet e resolveu ir na loja, meu vendedor tem que ter capacidade de entender isso, fazer o melhor momento para o cliente", disse Herzog. Enquanto a receita líquida da Via Varejo cresceu 6,9 por cento no primeiro semestre, a 10,97 bilhões de reais, a Nova Pontocom - que é controlada pelo GPA e reúne os sites do Extra, Pontofrio e Casas Bahia, além do Partiu Viagens e Barateiro.com - viu a mesma linha avançar 43,4 por cento, a 2,59 bilhões de reais, no mesmo período.

"Quando dou possibilidade de tecnologia, estou me aproximando ainda mais do cliente. Nada melhor (para o consumidor) do que chegar na loja e ter quase uma continuação daquilo que estava fazendo no seu lar", afirmou Herzog.

As units da Via Varejo recuavam 0,59 por cento às 13h13 desta segunda-feira, em meio a um mercado com baixas generalizadas afetado por preocupações eleitorais e com a economia da China. Já as ações do GPA perdiam 1,85 por cento, com o Ibovespa mostrando baixa de 2,8 por cento no mesmo momento.

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