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Via Varejo avalia venda do Extra.com de volta para GPA, diz Klein

Grupo GPA vendeu sua participação total na Via Varejo em junho para Klein e investidores financeiros

Michel Klein: empresário afirmou que Via Varejo avalia a venda do Extra.com de volta ao GPA (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Michel Klein: empresário afirmou que Via Varejo avalia a venda do Extra.com de volta ao GPA (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 17h28.

São Paulo - Três meses depois de se tornar maior acionista e presidente do conselho de administração da Via Varejo, Michael Klein e sua família estão agora considerando a venda da operação do Extra.com de volta para o GPA.

Além de operar mais de 1.000 lojas das bandeiras Casas Bahia e Pontofrio e de suas operações de comércio eletrônico, a Via Varejo também controla o Extra.com, bandeira que no segmento de hipermercados é operada pelo GPA.

"Estamos ainda avaliando para começarmos as negociações com o GPA ou outros grupos", disse Klein a jornalistas nesta quarta-feira, acrescentando que a varejista atualmente lida de maneira independente com toda a logística, precificação e outras estratégias comerciais das vendas online do Extra.

O GPA não comentou o assunto. A companhia vendeu sua participação total na Via Varejo em junho para Klein e investidores financeiros, formados principalmente por fundos assessorados pela XP Investimentos. O negócio ocorreu mais de dois anos depois do grupo anunciar intenção de sair do negócio para se concentrar apenas em varejo alimentar.

Desde então, as ações da Via Varejo acumularam valorização de 50 por cento. Nesta quarta-feira, os papéis mostravam valorização de 2 por cento, enquanto o Ibovespa tinha ganho de 0,44 por cento.

Klein afirmou que a estratégia da Via Varejo é de retomada do crediário pela Casas Bahia antes da bandeira ser incorporada pelo GPA anos atrás.

"Isto não era uma prioridade quando o GPA era o acionista controlador", disse Klein, acrescentando que a Via Varejo reduziu suas operações de financiamento e passou a depender mais das administradoras de cartão de crédito para financiar seus clientes.

"Estamos planejando reativar nossas próprias operações de crediário usando a infraestrutura digital do BanQi", disse Klein, referindo-se ao banco digital que a Via Varejo lançou em junho por meio de uma parceria com a startup norte-americana Airfox.

Klein afirmou que os principais executivos da Via Varejo estão na China nesta semana, reunindo-se com Tencent Holdings e outras grupos sobre potenciais soluções de pagamento que poderiam ser trazidas ao Brasil.

Depois de revisar a rentabilidade de suas lojas para potenciais fechamentos dos pontos deficitários, a Via Varejo poderá considerar aquisições, mas apenas em regiões onde não tem uma grande presença, como no Norte do país.

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