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Vermelho é a cor das vendas da Gap e suas marcas no ano

Banana Republic e Old Navy, além da marca xará do grupo, puxam os resultados da companhia para baixo nos últimos trimestres


	Loja da Gap: vendas líquidas caíram de US$ 3,66 bilhões para US$ 3,44 bilhões no primeiro trimestre
 (GettyImages)

Loja da Gap: vendas líquidas caíram de US$ 3,66 bilhões para US$ 3,44 bilhões no primeiro trimestre (GettyImages)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 10 de maio de 2016 às 13h19.

São Paulo – A queda nas vendas e o acirramento da concorrência acabou por levar o grupo americano de moda Gap a uma única certeza: vermelho é a cor do ano.

As vendas líquidas caíram de US$ 3,66 bilhões para US$ 3,44 bilhões no primeiro trimestre – valor bem abaixo que o esperado pelos analistas, de US$ 3,54 bilhões.

A retração total do negócio foi de 5%, quase o dobro que o estimado pelo mercado para o mesmo período.

A receita foi puxada para baixo pelo faturamento menor nas três marcas da empresa. As vendas comparáveis em lojas da Banana Republic tiveram queda de 11%, enquanto na xará do grupo o resultado foi 3% menor. 

A surpresa maior foi com a Old Navy, principal aposta do grupo atualmente, onde as vendas caíram 6%.

Trata-se do quinto trimestre consecutivo de baixos resultados, graças ao avanço das rivais sueca H&M, americana Forever 21 e da espanhola Zara, gigantes do modelo fast fashion.

Quarentona fashion

Concorrer com marcas que se renovam com rapidez e apostam em variedade de peças e preços baixos tem dado muito trabalho à Gap, empresa criada há 47 anos.

Consciente disso, decidiu apostar em mais opções e criatividade nas roupas das marcas Banana Republic e Gap.

"Nossa indústria está evoluindo e devemos nos transformar para ter um ritmo mais rápido", disse o presidente-executivo Art Peck em comunicado recente.

Para a Gap uma reestruturação, anunciada em julho do ano passado, prevê uma economia de US$ 25 milhões até 2017, com fechamento de lojas e demissões.

A companhia anunciou que fechará 175 das 675 unidades que possui nos Estados Unidos, Canadá e México, além de um “número limitado” na Europa e China.

No final do processo, a marca espera manter 500 lojas na região e 300 outlets. Até o ano passado, eram 1.600 no mundo, entre próprias e franqueadas.

Old Navy

Enquanto o conceito de fast fashion começa a ser absorvido pela Banana Republic e Gap, a Old Navy segue como a menina dos olhos do grupo.

No entanto, o desafio hoje parece ser retomar o sucesso das coleções passadas, feitas sob comando de Stefan Larsson, que deixou a Gap em setembro para assumir como CEO da Ralph Lauren, no lugar do estilista americano criador da marca.

"Sem ele, as últimas coleções foram sem inspiração", Neil Saunders, diretor-presidente da empresa de pesquisa Conlumino, em entrevista à Reuters.

Foi só em 13 de abril que a marca voltou a ter um comando, com a promoção de Sonia Syngal, executiva que está há 12 anos no grupo Gap.

"Após uma pesquisa abrangente, estou confiante de que ela é a líder certa para fazer com que a Old Navy atinja grande potencial de crescimento a longo prazo ", disse Peck em comunicado da época.

Se os investidores vestirão a camisa da empresa até lá é outra história. O valor das ações do grupo caiu 12% apenas neste ano.

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