Negócios

Vendas da NET podem retornar ao patamar de 2009, avalia Brascan

Maior operadora brasileira de TV por assinatura terá fôlego para enfrentar concorrência e manter posição no mercado

NET: maior operadora brasileira de TV por assinatura tem fôlego para crescer (.)

NET: maior operadora brasileira de TV por assinatura tem fôlego para crescer (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - Os resultados do segundo trimestre do ano da NET foram considerados positivos pelos analistas. A maior operadora brasileira de TV por assinatura encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido de 56 milhões de reais, uma queda de 69% em relação aos 180 milhões de reais contabilizados no mesmo período do ano passado.

A receita líquida foi de 1,3 bilhão de reais -- 19% acima do valor registrado no mesmo período de 2009, devido principalmente ao aumento da base de assinantes. Segundo a companhia, apesar da alta na receita, a diminuição no lucro foi decorrente da variação cambial, que não tem efeito no caixa.

"Muito embora o número de adições líquidas divulgado pela companhia tenha permanecido em um patamar abaixo do segundo trimestre do ano passado, já observamos nesse trimestre uma recuperação nos segmentos de TV por assinatura e banda larga, em comparação ao primeiro trimestre de 2010, refletindo, possivelmente, as medidas já implementadas pela companhia relacionadas à reorganização dos canais de vendas", afirmou a analista Beatriz Battelli, da Brascan Corretora, em relatório. "Esperamos que, no segundo semestre, o patamar de vendas retorne aos níveis de 2009."

A base de assinantes em serviços de TV paga subiu 12% em relação ao segundo trimestre de 2009, para 3,8 milhões de clientes. No segmento de banda larga, o total de clientes subiu 19% ante o ano anterior, para 3,1 milhões de assinantes.

Pacotes integrados

Segundo a corretora, os problemas enfrentados na rede de banda larga da Telesp e os danos à imagem da companhia poderão beneficiar a NET nos próximos trimestres. Outro ponto que favorecerá a empresa é a baixa penetração da banda larga e TV por assinatura no país. De acordo com a corretora, uma das oportunidades para melhorar os resultados da empresa é a reorganização da América Móvil, consolidando as operações da Telmex e da Telmex Internacional, que contribuirá para integração das ofertas de serviços da Claro, NET e Embratel, elevando a competitividade delas.

Porém, é preciso ficar atento à aprovação do projeto de lei PL 29, que permitirá a entrada das operadoras de telefonia no mercado de TV por assinatura. "O aumento da competição neste segmento poderá impactar negativamente as margens da companhia, bem como a expectativa de crescimento da base de assinantes para os próximos anos", disse a Brascan. A GVT entrará no mercado de São Paulo, acirrando a competição nos mercados de telefonia fixa e banda larga.

Para a analista Luciana Leocádio, da Ativa Corretora, os resultados da companhia são positivos. "A empresa mostrou crescimento consistente de receitas e rentabilidade saudável, o que corrobora nossa visão positiva quanto ao resultado", escreveu. Segundo o relatório divulgado pela corretora, a aceleração do crescimento da base de acessos de TV no segundo trimestre é a sinalização mais importante deste resultado, na medida em que a divulgação dos dados mensais da Anatel, com pequena participação de TV a cabo nas adições nos últimos meses, vinha gerando preocupações no mercado sobre a capacidade de crescimento da empresa.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas mexicanasInvestimentos de empresasNETServiçosTelecomunicaçõesTV a caboTV pagaVendas

Mais de Negócios

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico

Clube dos bilionários: quem tem mais de US$ 100 bilhões em patrimônio?