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Vendas de minério de ferro da Vale sobem 9% no 1º trimestre

Maior produtora e exportadora global de minério de ferro vendeu 71,221 milhões de toneladas nos três primeiros meses do ano

Minério de ferro: vendas do minério da Vale cresceram 9 por cento entre janeiro e março deste ano (China Photos/Getty Images)

Minério de ferro: vendas do minério da Vale cresceram 9 por cento entre janeiro e março deste ano (China Photos/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 16 de abril de 2018 às 10h48.

Última atualização em 16 de abril de 2018 às 13h29.

Rio de Janeiro - As vendas de minério de ferro da Vale cresceram 9 por cento entre janeiro e março deste ano, ante o mesmo período de 2017, apesar de uma queda na produção, devido a uma estratégia para elevar suas margens, afirmou a mineradora brasileira nesta segunda-feira.

A maior produtora e exportadora global de minério de ferro vendeu 71,221 milhões de toneladas nos três primeiros meses do ano. Em relação ao quarto trimestre de 2017, houve uma queda de 10,9 por cento nas vendas.

Ao publicar seus resultados referentes ao período de outubro a dezembro de 2017, a empresa informou que algumas vendas haviam sido postergadas para o primeiro trimestre deste ano, em busca de melhores margens.

A mineradora irá publicar seu balanço financeiro em 25 de abril, após o fechamento do mercado.

A produção de minério de ferro, por sua vez, caiu 4,9 por cento no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2017, para 81,95 milhões de toneladas, devido principalmente à decisão de reduzir a produção de produtos de menor qualidade e a chuvas mais intensas que as usuais, segundo a Vale.

Na comparação com o quarto trimestre de 2017, a produção caiu 12,2 por cento.

Mas diante da estratégia para elevar margens, a empresa destacou que os volumes de venda de minério de ferro e pelotas atingiram um recorde de 84,3 milhões de toneladas para um primeiro trimestre, alta de 6,4 milhões de toneladas ante o mesmo período do ano passado.

"O mix de vendas da Vale melhorou substancialmente ano contra ano, como resultado do 'ramp up' de S11D e da decisão de reduzir progressivamente a produção de minério de baixa qualidade", disse a companhia em seu relatório de produção.

A mina de minério de ferro S11D, da Vale, é a maior da história da companhia e entrou em operação comercial no início do ano passado.

A participação da venda de pelotas, finos de Carajás e minério blendado aumentou para 76 por cento no primeiro trimestre, contra os 67 por cento sobre as vendas totais no mesmo período do ano passado.

Consequentemente, apontou a Vale, o mix de vendas dos produtos da Vale alavancou o impacto do prêmio de mercado, levando a um aumento na qualidade e prêmio médio do preço "CFR/FOB wmt" realizado, que totalizou 5,2 dólares por tonelada no primeiro trimestre deste ano, ante 2,3 dólares no primeiro trimestre de 2017.

O Sistema Norte, que compreende Carajás e S11D, alcançou um recorde para um primeiro trimestre de 40,6 milhões de toneladas, alta de 4,6 milhões de toneladas ante o mesmo período de 2017 e queda de 6,1 milhões de toneladas em relação ao quarto trimestre.

Já o Sistema Sudeste, que compreende os complexos de Itabira, Minas Centrais e Mariana, produziu 22,2 milhões de toneladas no primeiro trimestre, queda de 6 milhões de toneladas ante o mesmo período do ano passado, como resultado da redução da produção de minas de menor qualidade e do impacto das chuvas.

"Alinhado com o posicionamento da Vale como produtora premium e flexível, a planta de Timbopeba voltou a operar no fim do primeiro trimestre de 2018 e sua produção futura irá melhorar a qualidade dos produtos do Sistema Sudeste", disse a empresa.

A produção de níquel da mineradora caiu 17,9 por cento no primeiro trimestre, para 58,6 mil toneladas, refletindo principalmente o processo rigoroso de alocação de capital da Vale baseado em maiores retornos.

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