Negócios

Vender a casa e continuar morando nela? Startup quer acelerar essa ideia com microfranquias

A Rooftop quer captar até R$ 15 milhões para ampliar o HomeCash através de franquias; modelo permite que proprietários vendam os imóveis sem sair de casa, por uma porcentagem do valor

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 24 de julho de 2025 às 05h53.

Última atualização em 24 de julho de 2025 às 12h55.

A startup do mercado imobiliário Rooftop quer captar R$ 15 milhões para crescer o principal produto da marca, o HomeCash. Ele permite que a pessoa venda o próprio imóvel rapidamente e ainda continue morando nele por um tempo, recebendo o dinheiro da venda para resolver problemas financeiros ou outras necessidades. Se quiser, pode até recomprar a casa depois.

Agora, a empresa quer ampliar o negócio com microfranquias. Isso significa que qualquer pessoa pode se tornar um franqueado, abrindo um ponto da Rooftop na sua cidade. Com um investimento inicial de R$ 24.900, os franqueados ganham dinheiro ajudando a comprar casas através do HomeCash.

Para isso, a Rooftop já iniciou uma oferta pública de R$ 1,5 milhão por meio de uma operação estruturada pelo Mercado Bitcoin (MB), plataforma de ativos digitais.

“Nosso modelo não exige grande volume de contratos para gerar resultados significativos. O ticket médio das operações e as múltiplas comissões envolvidas permitem que poucas transações já tragam um retorno expressivo”, explica Gava.

A projeção é que, em até 24 meses, o franqueado consiga um retorno médio de até R$ 50 mil por mês.

O que é o HomeCash?

Fundada em 2020 por Daniel Gava, a Rooftop tem um modelo de negócios bem diferente das imobiliárias tradicionais. O HomeCash é uma solução para quem precisa vender uma casa rápido, mas não quer sair imediatamente do imóvel.

A empresa compra o imóvel por até 65% do valor avaliado e paga ao proprietário de forma rápida.

Mesmo após a venda, o antigo dono pode continuar morando na casa por até 18 meses, pagando um aluguel de 0,5% do valor do imóvel.

Durante esse tempo, ele pode recomprar a casa ou deixá-la ser vendida para outro comprador, ficando com uma parte do lucro se o imóvel for vendido por mais do que o valor inicial.

Captação de R$ 1,5 milhão

Agora, com o novo modelo de microfranquias em andamento, a Rooftop está aproveitando uma nova rodada de captação para crescer ainda mais rápido. A empresa começou uma oferta pública de R$ 1,5 milhão, que faz parte de uma captação de até R$ 15 milhões.

“Essa primeira rodada vai ser uma ponte entre o modelo bootstrap e seed que estamos rodando há quatro anos. Queremos validar mais alguns pontos operacionais e de tração antes de buscar uma rodada maior para consolidar a Rooftop no mercado imobiliário nacional”, afirma Gava.

A captação foi estruturada com o apoio do Mercado Bitcoin. Ela será investida principalmente em três frentes: fortalecimento do time, marketing e aceleração do canal de microfranquias. A expectativa é que, com esse investimento, a Rooftop consiga expandir para até 200 cidades até o fim de 2025.

Além disso, a empresa está criando uma nova forma de captação de recursos com valores mobiliários tokenizados, o que significa que os investidores poderão acompanhar o desempenho da empresa e ser remunerados conforme os resultados. O retorno pode chegar a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 30% ao ano, com uma alavancagem de até 2,8x, caso a empresa alcance suas metas antes do prazo de 4 anos.

O futuro da Rooftop

São mais de R$ 300 milhões movimentados desde a fundação da empresa em 2020. Somente no último ano, a empresa atingiu a marca de R$ 70 milhões em alocações e projeta chegar a R$ 120 milhões até o final de 2025, com estimativa de R$ 200 milhões nos 12 meses seguintes originados também via micro franqueados.

Acompanhe tudo sobre:Mercado imobiliárioStartupsFranquias

Mais de Negócios

O Boticário é a marca que vem em primeiro lugar à mente dos nordestinos quando pensam em São João

Leave-in? Não, Livinho: funkeiro investe R$ 1 milhão em linha de tratamento capilar

Exclusivo: por R$ 35 milhões, Porto Alegre vai erguer a maior arena de eventos do Brasil

'Nunca vi nada igual': Amor aos Pedaços pode vender até 38 mil morangos do amor por dia