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Venda da Oi a rivais deve ter restrições, diz Cade

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica informou que a compra da Oi pelo trio Tim, Vivo e Claro tem "chances mínimas" de ser aprovada sem restrições

Cade considera que o mercado de telecomunicações já é concentrado (Paulo Whitaker/Reuters)

Cade considera que o mercado de telecomunicações já é concentrado (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 07h46.

Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 07h47.

A compra da Oi Móvel pelo trio Tim, Vivo e Claro tem "chances mínimas" de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições, disse o presidente do órgão, Alexandre Barreto. Ontem, depois do fim da exclusividade da Highline - empresa de infraestrutura para telecomunicações - pela Oi, as concorrentes passaram a ficar em pé de igualdade na disputa pela tele.

Ao Estadão/Broadcast, Barreto disse que, caso a operação seja concretizada, será necessário um acordo que inclua medidas como a venda de ativos. Segundo ele, a compra exigiria uma análise “mais detida” do Cade por se tratar de concorrentes adquirindo outra em um mercado já concentrado. O Cade considera um domínio de mercado acima de 20% como alto. Hoje, Vivo, Claro e TIM estão acima do patamar mesmo sem a divisão dos ativos da Oi.

Barreto considera o caso complexo. “Quanto maior a complexidade da operação, maior o tempo de análise necessária”, completou. O Cade tem prazo máximo de 330 dias para julgar uma fusão ou aquisição. As empresas dependem de aval do órgão para fechar o negócio.

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