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Vemos espaço para chegar a 20 ou 30 milhões de clientes, diz Banco Inter

Banco digital alcançou 4 milhões de correntistas em 2019; para CEO, há ainda potencial para ganhar mercado dos grandes bancos

Menin: "Estamos em um mercado com concorrentes com uma proposta de valor para os clientes que não é das melhores" (Alan Teixeira/Divulgação)

Menin: "Estamos em um mercado com concorrentes com uma proposta de valor para os clientes que não é das melhores" (Alan Teixeira/Divulgação)

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Juliana Elias

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 17h05.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2020 às 17h48.

São Paulo - Desde que começou a oferecer contas digitais, em 2014, o Banco Inter cresce rápido e saltou para 4 milhões de correntistas, no final de 2019. Na visão do presidente do Inter, João Vitor Menin, há espaço para que esse número seja mais de cinco vezes maior, tendo em vista tanto o tamanho continental ainda por conquistar do mercado brasileiro quanto o potencial de avanço sobre a concorrência, hoje ainda muito concentrada nos grandes bancos tradicionais.

“Há espaço para crescer; podemos um dia ser uma plataforma de 20 ou 30 milhões de pessoas”, disse Menin, que falou na tarde desta quarta-feira (19) durante evento do banco BTG Pactual, em São Paulo.

“Estamos em um país de proporções continentais, com 210 milhões de pessoas, e em um mercado com concorrentes que têm uma proposta de valor para os clientes que não é das melhores. Quando se soma isso a essa população enorme e crescente, vemos um mercado muito grande para ocupar”, disse.

Um dos primeiros bancos inteiramente digitais do país, o Inter se apoia no trunfo de oferecer contas gratuitas e com processos inteiramente online para concorrer em um mercado dominado por bancos gigantes, no mercado há décadas e com agências espalhadas por todo o país.

É também o modelo dos concorrentes digitais que, igualmente, ganham espaço rápido no mercado, como Nubank e C6. “É um mercado muito competitivo, mas é importante ter esses três ou quatro competidores puxando a tendência dos bancos digitais com a gente”, disse Menin. “Longe de nós querer resolver esse mercado sozinhos, não seria possível.”

“As perspectivas de crescimento de longo prazo são enormes”, disse André Maciel, sócio do SoftBank, o megafundo de investimentos que adquiriu uma participação no Inter no ano passado. “O Inter é um banco que tem três vezes menos funcionários que os grandes, quer dizer, é muito mais barato, e é uma fintech que já dá resultados. É só uma questão de tempo para engrenar ainda mais.”

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