Negócios

Vélez vira CEO global do Nubank; Cristina Junqueira terá comando no Brasil

Cristina Junqueira é vice-presidente e cofundadora do banco digital; companhia não havia divulgado publicamente a troca, a não ser em seu balanço financeiro de 2020

Cristina Junqueira: cofundadora do banco (Divulgação/Divulgação)

Cristina Junqueira: cofundadora do banco (Divulgação/Divulgação)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 1 de abril de 2021 às 16h52.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 17h26.

O atual diretor presidente do Nubank, David Vélez Osorno, deixará a função no banco, que passará para Cristina Junqueira, vice-presidente e cofundadora da instituição. Com a mudança, Vélez assume a posição de CEO global.

A companhia não havia divulgado publicamente a troca, a não ser em seu balanço financeiro de 2020.

Em nota, o Nubank afirmou que a "mudança é um passo natural para organizar a governança e apoiar a expansão internacional do Grupo."

Além disso, a instituição informa que outros países, como a Colômbia, sempre responderam a Vélez.

A mudança aconteceu em Assembleia Geral Extraordinária no dia 19 de fevereiro de 2021, quando o então diretor-presidente renunciou.

Cristina Junqueira é brasileira, mãe de duas filhas, formada em engenharia de produção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e fundou o banco ao lado de David Vélez e Edward Wible em 2013. Ela era do Itaú quando decidiu fundar o banco digital com os colegas.

A história do Nubank

Cristina Junqueira e a filha

Cristina Junqueira e a filha mais velha: antes do Nubank, engenheira estava no Itaú (Germano Lüders/Exame)

O primeiro produto da companhia foi o cartão de crédito sem anuidade, lançado em 2014. Na época, o plástico roxinho e o atendimento personalizado aos clientes chamaram a atenção do público jovem. Depois, em 2017, a companhia lançou sua conta digital para pessoas físicas, a NuConta.

Em 2018, quanto tinha pouco mais de 3 milhões de usuários, a companhia recebeu um aporte que a avaliou pela primeira vez acima de 1 bilhão de dólares, lhe garantindo o desejado título de unicórnio.

Três anos depois, o valor de mercado já é 25 vezes maior e a empresa se consolida como o maior unicórnio brasileiro. Ao longo da sua história, o Nubank captou 1,2 bilhão de dólares em rodadas de investimento.

A pandemia deu um empurrãozinho para instituições financeiras com uso maciço de tecnologia – e pouca interação física – como o Nubank. Com a digitalização maior da economia e um boca a boca forte, a empresa passou de 12 milhões de clientes em 2019 para 34 milhões agora.

Hoje, a operação da companhia vai além do cartão de crédito. O Nubank tem programa de fidelidade, investimentos e empréstimo pessoal. No ano passado, após receber 300 milhões de dólares, a companhia aproveitou para comprar a operação da corretora Easynvest.

Acompanhe tudo sobre:BancosCEOsNubank

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades