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Varejo não vê nova queda do IPI para linha branca e móveis

A redução do IPI para esses produtos -- adotada para estimular o consumo e prorrogada várias vezes -- é válida até o fim de junho


	A alíquota do IPI sobre fogões ficou zerada até 31 de janeiro deste ano. A partir daí, foi elevada para 2 % até junho, metade dos 4 % originais
 (Reuters/Nacho Doce)

A alíquota do IPI sobre fogões ficou zerada até 31 de janeiro deste ano. A partir daí, foi elevada para 2 % até junho, metade dos 4 % originais (Reuters/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 16h06.

Brasília - O setor varejista acredita que o governo federal não prorrogará a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre linha branca e móveis, diante do compromisso com o ajuste fiscal, afirmaram nesta quinta-feira representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A redução do IPI para esses produtos --adotada para estimular o consumo e prorrogada várias vezes-- é válida até o fim de junho.

"O governo está muito comprometido a fazer ajuste fiscal", disse a jornalistas a vice-presidente do IDV e presidente da rede de lojas Magazine Luiza, Luiza Trajano, que participou da reunião com Mantega.

O encontro não foi conclusivo, segundo o presidente do IDV e vice-presidente e diretor de Relações com Investidores da Gaurarapes, dona das lojas Riachuelo, Flávio Rocha. "Deve vir uma solução intermediária", afirmou, sem entrar em detalhes.

Além do setor varejista, participaram da reunião com o ministro da Fazenda representantes da Abimóvel, da Eletros e da Abipa, interlocutoras dos setores de móveis, eletroeletrônicos e painéis de madeira, respectivamente.

A redução do IPI para linha branca foi implementada em dezembro de 2011 e, desde então, vem sendo prorrogada. No fim do ano passado, o Ministério da Fazenda estipulou a elevação gradual do tributo, para que o benefício acabe em junho, trazendo as alíquotas para seu patamar normal.

A alíquota do IPI sobre fogões, por exemplo, ficou zerada até 31 de janeiro deste ano. A partir daí, foi elevada para 2 % até junho, metade dos 4 % originais.

Protestos populares

Segundo o IDV, as vendas no varejo brasileiro foram prejudicadas nas últimas duas semanas pelos protestos populares em todo o país, que exigiram o fechamento de lojas. O presidente do IDV estima que as vendas recuaram cerca de 15 % no período.

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