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Vale vê menor chance de impacto na barragem de Barão de Cocais

De acordo com a mineradora, a movimentação do talude norte da mina de Gongo Soco diminui a possibilidade de impacto na barragem Sul Superior

Autoridades haviam alertado que a barragem poderia se romper após a eventual queda do talude da cava de Gongo Soco (Foto/Agência Brasil)

Autoridades haviam alertado que a barragem poderia se romper após a eventual queda do talude da cava de Gongo Soco (Foto/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 28 de maio de 2019 às 12h13.

São Paulo - A mineradora Vale afirmou nesta terça-feira que as últimas análises da movimentação do talude norte da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), apontam para a maior probabilidade de um deslizamento do material para dentro da cava, hipótese que "diminui a possibilidade de impacto na barragem Sul Superior".

"Hoje temos mais elementos de análise sobre o comportamento do maciço, nos mostrando que está acontecendo um deslizamento para o fundo da cava. Com isso, há uma grande possibilidade de o talude se acomodar dentro da cava, sem maiores consequências", disse em nota o diretor de Operações da Vale, Marcelo Barros.

Autoridades haviam alertado anteriormente que a barragem da mineradora poderia se romper como consequência da eventual queda do talude da cava de Gongo Soco, que está próxima da estrutura que armazena rejeitos de minério de ferro.

O mercado tem acompanhado com atenção o assunto, uma vez que um novo rompimento de barragem --após o desastre de Brumadinho, que provocou a morte de 243 pessoas, deixando ainda 27 desaparecidos-- poderia ampliar os problemas para a maior produtora global de minério de ferro.

As ações da Vale operavam em leve alta nesta terça-feira.

A velocidade de deformação na porção inferior do talude norte de Gongo Soco atingiu 19,5 centímetros/dia nesta manhã, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), com alguns pontos isolados registrando avanço de 23,9 cm/dia.

Desde que começaram as medidas, essa é a maior deformação já registrada pela ANM.

A Vale já havia dito que não existem elementos técnicos para afirmar que o eventual deslizamento de parte do talude poderia desencadear a ruptura da barragem.

Mesmo assim, a empresa tem reiterado que todas as medidas preventivas foram tomadas.

Além da retirada dos moradores da região, a companhia disse que apoiou as autoridades na realização de simulados e na preparação das comunidades para todos os possíveis cenários, com equipes de prontidão permanentemente.

Diante de preocupações com a oferta associadas aos problemas da Vale e com uma demanda aquecida na China, o contrato futuro na bolsa de Dalian atingiu seu maior nível desde que foi lançado há alguns anos.

No mercado spot, na China, maior importador global, o minério de ferro com 62% de ferro subiu para um pico de cinco anos, de 108,50 dólares por tonelada, segundo a SteelHome, enquanto os estoques do produto nos portos chineses caíram para os menores níveis desde o início de 2017 .

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