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Vale suspende força maior e normaliza embarques

Decisão anterior foi tomada devido às fortes chuvas que atingiram suas operações em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo desde meados de dezembro de 2011

A Vale informou na ocasião que deixou de embarcar 2 milhões de toneladas de minério de ferro (Divulgação/ Agência Vale)

A Vale informou na ocasião que deixou de embarcar 2 milhões de toneladas de minério de ferro (Divulgação/ Agência Vale)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 12h53.

Rio de Janeiro/São Paulo - A Vale suspendeu nesta segunda-feira a declaração de força maior em uma série de contratos de minério de ferro, voltando a entregar o produto de acordo com o acertado junto a seus clientes.

Em comunicado ao mercado, a maior produtora de minério de ferro do mundo lembrou que declarou força maior em 11 de janeiro devido às fortes chuvas que atingiram suas operações em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo desde meados de dezembro de 2011.

As chuvas impediram trabalhadores de sair de casa, bloquearam acesso a minas, estradas e ferrovias. Com a declaração de força maior, a empresa pode deixar de cumprir prazos de entrega por motivos extraordinários.

A Vale informou na ocasião que deixou de embarcar 2 milhões de toneladas de minério de ferro. CSN e MMX também reduziram ritmo de produção na mesma região.

Sindicatos de trabalhadores na área afetada pelas chuvas disseram à Reuters na semana passada que a produção de minério havia voltado à normalidade dias após a Vale anunciar força maior em seus contratos .

Minas Gerais, o Estado mais afetado pelas chuvas de janeiro, responde por dois terços da produção de minério do Brasil.

As mineradoras, contudo, afirmaram que a meta de produção anual não deverá ser afetada por causa dos problemas climáticos.

De acordo com a Vale, será possível recuperar ainda neste ano a maior parte do volume que deixou de embarcar por causa das chuvas .

Na ocasião, a Vale informara que o impacto das chuvas seria mais sério para clientes da Europa do que da Ásia, porque os asiáticos já foram bastante abastecidos no último trimestre.

Além disso, o prazo entre a produção e a entrega na Ásia é de 45 dias, o que daria margem para o comprador buscar outras alternativas enquanto a produção da Vale não fosse restabelecida.

Já no caso dos europeus, o prazo para entrega é menor, de cerca de cinco dias, o que daria menos margem de manobra para importadores.

Por volta das 11h45, a ação da Vale operava em alta de 0,2 por cento, enquanto o Ibovespa caía 0,3 por cento.

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