São Paulo – A Vale não pode ter certeza de quanto valerá uma tonelada de minério de ferro até dezembro, nem se o mercado chinês voltará a se recuperar ou não. Mas não há dúvida de que a companhia terá de apertar os cintos neste ano.
Em teleconferência com analistas nesta manhã, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, falou dos esforços feitos e outros ainda previstos para reduzir o custo de produção.
De acordo com ele, o custo de venda do minério foi reduzido em US$ 2 por tonelada, graças à revisão de contratos com fornecedores, boa negociação de contratos e barateamento de entrega da commoditie, em especial para a China, seu maior cliente.
“Os chineses acabaram pagando mais por produtos de qualidade inferior, neste período, pela urgência que tinham em alguns pedidos”, explicou o executivo.
A meta da empresa é diminuir os custos em outros US$ 2 até dezembro. Tudo para preservar a margem de venda do minério, cujo preço vem caindo há alguns meses.
Paralisar a produção em algumas minas de maior custo também faz parte do plano, afirmou a empresa, bem como apostar em um mix de maior valor agregado.
As decisões sobre esse ponto serão definidas no decorrer do ano, de acordo com a demanda do mercado.
Prejuízo bilionário
De janeiro a março, a Vale amargou um prejuízo de quase 10 bilhões de reais, segundo balanço divulgado pela empresa na noite de ontem, 29.
Retração do mercado mundial de aço, em especial o chinês, desvalorização do real e queda de preço do minério contribuíram para que se chegasse a tal resultado.
As ações da Vale abriram em queda no pregão de hoje. Os papéis ordinários registravam perdas de 2,46% e os preferencias caíam 2,22%.
Os investimentos da companhia no período chegaram a 2,2 bilhões de dólares, queda de 377 milhões de dólares ante o mesmo período de 2014.
Já os desinvestimentos e parcerias representaram 1,017 bilhão de dólares em recebimentos de caixa no primeiro trimestre.
-
1. Para fora do país
zoom_out_map
1/42 (Germano Lüders / EXAME)
São Paulo - De janeiro a março de 2015, as
exportações brasileiras totalizaram 42,77 bilhões de dólares, valor 13,74% abaixo do registrado no mesmo período no ano passado. Essa desaceleração se deu, principalmente, devido ao esfriamento da economia chinesa, segundo o professor Otto Nogami, do Insper. "Pouco mais de 19% das nossas exportações são destinadas à
China. O impacto é direto", explica. Outro fator que tem menor influência sobre o resultado, de acordo com ele, é o enfraquecimento da economia da Argentina. As 40 empresas que mais exportaram no primeiro trimestre, juntas, tiveram uma participação de 46,13% na balança comercial (o equivalente a 19,73 bilhões de dólares, valor 18,59% menor do que o apresentado nos três primeiros meses de 2014). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -
MDIC. A seguir, veja o ranking das companhias que mais exportaram.
-
2. 1. Vale
zoom_out_map
2/42 (Divulgação)
-
3. 2. Petrobras
zoom_out_map
3/42 (Divulgação/EXAME)
-
4. 3. JBS
zoom_out_map
4/42 (AFP)
-
5. 4. Cargill
zoom_out_map
5/42 (PAULO PINTO/Agência Estado)
-
6. 5. Bunge Alimentos
zoom_out_map
6/42 (Germano Lüders)
-
7. 6. BRF
zoom_out_map
7/42 (Adriano Machado/Bloomberg)
-
8. 7. Embraer
zoom_out_map
8/42 (Daniel Acker/Bloomberg)
-
9. 8. Samarco
zoom_out_map
9/42 (DIVULGACAO)
-
10. 9. Braskem
zoom_out_map
10/42 (Divulgação/Braskem)
-
11. 10. Louis Dreyfus
zoom_out_map
11/42 (Dado Galdieri/Bloomberg)
-
12. 11. ArcelorMittal Brasil
zoom_out_map
12/42 (Mark Renders/Getty Images)
-
13. 12. CBMM
zoom_out_map
13/42 (Arquivo)
-
14. 13. ADM do Brasil
zoom_out_map
14/42 (Divulgação)
-
15. 14. Suzano
zoom_out_map
15/42 (Germano Lüders/EXAME.com)
-
16. 15. GE Celma
zoom_out_map
16/42 (Germano Luders, EXAME)
-
17. 16. BG E&P Brasil
zoom_out_map
17/42 (Divulgação/BG)
-
18. 17. Raízen Energia
zoom_out_map
18/42 (Ricardo Teles/Divulgação)
-
19. 18. Alunorte
zoom_out_map
19/42 (Divulgação)
-
20. 19. Thyssenkrup
zoom_out_map
20/42 (Sean Gallup/Getty Images)
-
21. 20. Seara
zoom_out_map
21/42 (Divulgação/EXAME)
-
22. 21. CSN
zoom_out_map
22/42 (Germano Lüders / EXAME)
-
23. 22. Nidera Sementes
zoom_out_map
23/42 (Paulo Fridman/Bloomberg)
-
24. 23. Fibria
zoom_out_map
24/42 (Divulgação)
-
25. 24. Volkswagen
zoom_out_map
25/42 (Susana Gonzalez/Bloomberg)
-
26. 25. Caterpillar
zoom_out_map
26/42 (Daniel Acker/Bloomberg)
-
27. 26. Amaggi
zoom_out_map
27/42 (Divulgação/Amaggi)
-
28. 27. Copersucar
zoom_out_map
28/42 (Divulgação)
-
29. 28. Citrosuco
zoom_out_map
29/42 (.)
-
30. 29. Ford
zoom_out_map
30/42 (Mira Oberman/AFP)
-
31. 30. Minerva
zoom_out_map
31/42 (Divulgação)
-
32. 31. Fiat
zoom_out_map
32/42 (Germano Lüders / EXAME)
-
33. 32. Cooxupé
zoom_out_map
33/42 (Dado Galdieri/Bloomberg)
-
34. 33. Noble Brasil
zoom_out_map
34/42 (foto/Divulgação)
-
35. 34. Cutrale
zoom_out_map
35/42 (Marcos Issa/Bloomberg)
-
36. 35. Paranapanema
zoom_out_map
36/42 (Divulgação)
-
37. 36. Shell
zoom_out_map
37/42 (Paul Ellis/AFP)
-
38. 37. Salobo Metais
zoom_out_map
38/42 (David Gray/Reuters)
-
39. 38. General Motors
zoom_out_map
39/42 (Daniel Acker/Bloomberg)
-
40. 39. Toyota
zoom_out_map
40/42 (Norko Hayashi/Bloomberg)
-
41. 40. Gerdau
zoom_out_map
41/42 (Divulgação)
-
42. Agora veja as 40 maiores importadoras do período
zoom_out_map
42/42 (Germano Lüders/EXAME)