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Vale quer expandir negócios com clientes menores na China

Estratégia da Vale para driblar a concorrência na China, maior consumidora mundial de minério de ferro, é vender para clientes de menor porte no interior


	Minério de ferro: Vale já atingiu os grandes clientes chineses, e agora quer expandir entre os menores
 (nikitos77/Thinkstock)

Minério de ferro: Vale já atingiu os grandes clientes chineses, e agora quer expandir entre os menores (nikitos77/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2016 às 14h51.

A Vale está negociando parcerias que a ajudarão a vender mais minério de ferro a clientes chineses de menor porte no interior do país asiático como parte dos esforços da empresa brasileira para tirar participação de mercado de suas rivais australianas.

A mineradora está fechando acordos com empresas locais capazes de ajudá-la a melhorar sua distribuição na China, a maior consumidora do ingrediente usado na fabricação do aço, disse o diretor-executivo de logística e pesquisa mineral da empresa, Humberto Freitas, em entrevista, na segunda-feira. A Vale criou uma empresa de distribuição para supervisionar a construção desses novos relacionamentos.

“Os grandes clientes nós já atingimos”, disse Freitas, no escritório da empresa no Rio de Janeiro. “Nós precisamos agora antingir os menores.”

Com os preços cerca de 70 por cento menores do que no pico de 2011 devido à desaceleração da demanda, a concorrência entre produtoras como BHP Billiton e Rio Tinto está crescendo. A Vale já embarca até 400.000 toneladas por viagem a seus maiores clientes usando navios gigantescos e agora quer penetrar ainda mais no mercado chinês. Para isso, a empresa está desenvolvendo um sistema para vender minério a consumidores que desejam pagar em yuans pelos estoques dos centros de distribuição costeiros.

Em abril, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que pretendia expandir as vendas na China em 40 por cento e transformar a empresa brasileira na maior fornecedora do país asiático. A Vale exporta 180 milhões de toneladas por ano à China, mas ainda está atrás da Rio Tinto e da BHP, informou a companhia.

A Vale afirma que o novo complexo de mineração de US$ 14 bilhões no norte do Brasil e a capacidade de armazenar material na China e na Malásia a aproximará de suas rivais australianas. O centro de distribuição malaio tem capacidade para movimentar 30 milhões de toneladas por ano.

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