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Vale quer dobrar vendas de minério de ferro para a China

Objetivo é elevar o número de cerca de 150 milhões de toneladas, em 2013, para 300 milhões de toneladas a partir de 2018


	Minério de ferro da Vale extraído da Serra Nacional dos Carajás, da Vale
 (Marcos Issa/Bloomberg News)

Minério de ferro da Vale extraído da Serra Nacional dos Carajás, da Vale (Marcos Issa/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 20h39.

Rio - Com uma confiança "inabalável" na China, a Vale tem como meta dobrar o volume de vendas de minério de ferro para o País no período de quatro a cinco anos, afirmou nesta quinta-feira, 7, o diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins.

O objetivo é elevar o número de cerca de 150 milhões de toneladas, em 2013, para 300 milhões de toneladas a partir de 2018.

"A gente acredita que a demanda deles continuará crescendo, o nosso produto tem competitividade de custo e de qualidade. Portanto, a nossa expectativa é de poder dobrar as nossas vendas para a China nos próximos cinco anos", afirmou o diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2014, no Rio.

Com isso, o País asiático, principal comprador dos produtos da Vale, irá responder por 75% das exportações da mineradora. Em 2018, a Vale estima exportar 400 milhões de toneladas da commodity, ante o volume de cerca de 270 milhões no ano passado.

"A gente tem uma confiança muito grande na China. Os melhores dias desse relacionamento ainda estão à frente".

O diretor informou que, em 2013, o País respondeu por 47,7% dos embarques de minério de ferro e pelotas da Vale. Ainda segundo ele, a China encontra-se longe de ter atingido o nível de consumo de aço visto em países desenvolvidos.

Com a previsão de aumento de produção e exportação, a Vale analisa a possibilidade de contratar ou comprar navios.

"É certo que com o aumento de volume exportado nós vamos precisar contratar mais navios ou comprar, aquilo que for mais eficiente financeiramente".

Neste momento, segundo ele, a preferência é pela contratação. Ou seja, fechar contrato de longo prazo para uso do navio.

O potencial de aumento de produção da companhia está em Carajás, no Pará, onde é esperada uma elevação de produção de 130 milhões de toneladas.

Além disso, no Sistema Sul cresceria outros 20 milhões. Com isso, o volume cresceria em 150 milhões de toneladas até 2018.

Acima da meta

A respeito da possibilidade da empresa fechar o ano com produção de minério de ferro acima das metas, Martins disse que "até agora a produção tem se desenvolvido um pouco melhor do que a expectativa".

Neste ano, a Vale prevê extrair 312 milhões de toneladas. Ele ponderou que a atividade da companhia é muito sujeita a fenômenos, como os climáticos.

Sobre os preços, disse que não há previsão.

"A gente tem que ter custo para competir seja lá qual for o preço que vier. O que achamos é que como o primeiro semestre teve um crescimento de oferta muito maior do que está previsto para o segundo semestre, a gente acha que pode haver uma pequena recuperação".

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