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Vale prevê retorno da Samarco no 3º tri e tem apoio de ministro

A mineradora Samarco interrompeu suas atividades após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro em novembro de 2015

Samarco: "Nós continuamos trabalhando com a previsão da Samarco voltar no terceiro trimestre deste ano, mas nós dependemos de diversos fatores" (Ricardo Moraes/Reuters)

Samarco: "Nós continuamos trabalhando com a previsão da Samarco voltar no terceiro trimestre deste ano, mas nós dependemos de diversos fatores" (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 16h13.

Rio de Janeiro/São Paulo - A mineradora Vale prevê que a sua joint venture com a BHP Billiton, a Samarco, retorne às operações em Mariana (MG) no terceiro trimestre deste ano, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Murilo Ferreira, em um movimento apoiado pelo ministro de Minas e Energia.

A mineradora Samarco interrompeu suas atividades após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro em novembro de 2015, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o importante rio Doce, que percorre diversas cidades até desaguar no litoral do Espírito Santo.

"Nós continuamos trabalhando com a previsão da Samarco voltar no terceiro trimestre deste ano, mas nós dependemos de diversos fatores... estamos trabalhando dentro da volta da licença ambiental de todo o complexo", afirmou Ferreira, em uma teleconferência para comentar os resultados da empresa em 2016.

O principal desafio da empresa para retomar a operação é a obtenção de licenças para a deposição de rejeitos, uma vez que a estrutura original não poderá mais ser utilizada, após o desastre ambiental, considerado o maior da história do país.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, por sua vez, afirmou nesta quinta-feira, ao deixar um evento em São Paulo, que o governo torce para o retorno da empresa.

"A expectativa é voltar o quanto antes... estamos torcendo para que sim", afirmou Coelho Filho.

A Samarco iniciou um processo de licenciamento ambiental em junho de 2016 para a utilização de uma cava exaurida para a deposição de rejeitos de mineração.

A cava, chamada Alegria Sul, entretanto, terá capacidade para receber rejeitos por apenas cerca de dois a três anos, caso a empresa cumpra sua decisão de operar com cerca de 60 por cento da capacidade.

Coelho Filho explicou ter informações de que a Samarco está realizando obras no local onde serão depositados rejeitos.

"A expectativa é que se acabe em marco, abril, essa obra; as informações que temos dos órgãos ambientais de Minas Gerais é que eles estão prontos, essas obras sendo cumpridas, para poder dar essas licenças", disse o ministro.

Um plano de longo prazo já está sendo desenhado com a ajuda da Vale e da BHP, cujo acordo definitivo deverá ocorrer ao longo deste ano, segundo informou a Vale em seu balanço financeiro.

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