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Vale pode perder US$ 507 mi investidos em jazida na Guiné

Mineradora brasileira admitiu a possibilidade em relatório anual entregue à SEC, a CVM americana


	Produção de minério de ferro da Vale: companhia pode perder jazida na Guiné
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Produção de minério de ferro da Vale: companhia pode perder jazida na Guiné (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 10h48.

São Paulo - A Vale admitiu que pode perder os direitos de mineração da jazida de Simandou, considerada um dos melhores depósitos de minério de ferro do mundo, na Guiné. Se isso ocorrer, a mineradora perderá 507 milhões de dólares que foram investidos na compra dos direitos. 

Em relatório anual entregue à Securities Exchange Commission (SEC), a CVM americana, a empresa explicou que um novo código de mineração adotado no país introduziu exigências mais onerosas às mineradoras, como mais impostos, mais obrigações trabalhistas, mais transparência e medidas anticorrupção.

Para adequar as empresas às novas regras, o governo lançou um programa de revisões contratuais que permitiria resultar em renegociações ou até no cancelamento dos contratos.

Segundo a companhia, a Vale foi notificada pela equipe técnica de que o governo receberá um parecer negativo da empresa e que ela recomendará o cancelamento do acordo.

"Não temos acesso ao relatório completo do comitê técnico, mas entendemos que sua determinação se baseia em práticas de corrupção com relação à concessão dos direitos de mineração da VBG, antes da aquisição pela Vale da participação na VBG. Até o quanto sabemos, o comitê técnico não alegou delito por parte da Vale", diz o relatório. 

A Vale é dona, dese 2010, de 51% da companhia VGB, empresa que detém as concessões de exploração. Se o governo decidir pelo cancelamento, a mineradora brasileira perderá todo o investimento. A companhia afirma que, caso isso ocorra, ainda há possibilidade de recurso.

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