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Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2011 às 08h43.
São Paulo – A insatisfação com o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, afetava mais pessoas nos últimos meses do que os maiores acionistas. O desconforto extrapolava as quatro paredes do Conselho da maior mineradora de minério de ferro do mundo e incomodava a MMX, a empresa de mineração de Eike Batista.
Segundo Eike, o ex-chefe da Vale atrapalhava a criação de possíveis sinergias entre as empresas. Agnelli, após 10 anos de uma gestão aplaudida pelo mercado, perdeu apoio dos principais acionistas e deixou a presidência da Vale em abril deste ano.
Eike resolveu soltar o verbo sobre a sua nada amigável relação com Agnelli durante o 5º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais em Campos do Jordão neste sábado. "Foi só mudar um tal de CEO na Vale, que já fizemos parceria", disse ele.
Logo após a apresentação, as críticas ao antecessor de Murilo Ferreira aumentaram ainda mais. “Maravilhosa, extraordinária (a mudança na presidência da Vale). É um homem de visão, que para o bem do Brasil irá aproveitar bem as sinergias dos grupos”, afirmou. Para ele, Agnelli “atrapalhava, não enxergava isso e olhava só para o umbigo próprio”.
Escute parte da entrevista concedida por Eike neste sábado. Ele também explica como uma das suas empresas, a OSX (OSXB3), pode ganhar em contratos com a Petrobras.