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Vale é alvo da China em nova política para minério de ferro

País conversou com a empresa para formular uma nova política de preços diante da queda do produto no mercado à vista

A Vale, BHP e Rio Tinto em 2010 substituíram a política de preços anual, vigente há 40 anos, para trimestral, diante da alta do minério no mercado à vista (Divulgação/Vale)

A Vale, BHP e Rio Tinto em 2010 substituíram a política de preços anual, vigente há 40 anos, para trimestral, diante da alta do minério no mercado à vista (Divulgação/Vale)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 09h01.

Xangai/Pequim - A China, maior compradora de minério de ferro do mundo, disse que conversou com Vale SA, Rio Tinto Group e BHP Billiton Ltd. para formular uma nova política de preços diante da queda do produto no mercado à vista.

“Esperamos definir um novo mecanismo de preços estável, transparente, justo e sensato”, disse Zhang Changfu, vice- presidente do conselho e secretário geral da Associação de Ferro e Aço da China, a repórteres em Pequim. “Queremos fazer algo mais organizado e saudável”.

O preço do minério de ferro à vista recuou 32 por cento este mês diante do aperto de crédito e redução da demanda de aço por parte de construtoras e fabricantes de automóveis na China. A maioria dos clientes do país quer substituir contratos trimestrais para preços do mercado à vista, disse a Vale na semana passada.

A chinesa Baoshan Iron & Steel Co. está negociando preços do minério com a companhia brasileira para o quarto trimestre e espera que os seus gastos com matéria prima recuem com uma nova política, disse hoje o diretor geral da Baoshan, Ma Guoqiang, em conferência com analistas.

A Vale, BHP e Rio Tinto em 2010 substituíram a política de preços anual, vigente há 40 anos, para trimestral, diante da alta do minério no mercado à vista. A precificação para os contratos trimestrais se baseia na média de indicadores do mercado à vista nos três meses que se encerram um mês antes do trimestre em questão.

No curto prazo, o minério de ferro pode chegar a US$ 95 por tonelada, o menor preço em mais de dois anos, e deve se recuperar no ano que vem, disseram hoje os analistas Peter Richardson e Joel Crane, do Morgan Stanley, em relatório enviado por e-mail.

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