Mina da Vale, em Carajás: empresa deve aumentar sua atuação na região com o projeto de Serra Sul (Agência Vale)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 20h36.
São Paulo – As mudanças na Vale foram grandes em 2011. Celebrada pelo mercado, a gestão de Roger Agnelli à frente de uma das maiores companhias do país chegava ao fim. No seu lugar, entrava Murilo Ferreira. Apesar da turbulência que acompanhou a transição, a empresa e o executivo têm o que comemorar: escolhida por EXAME como melhor companhia mineradora de Melhores e Maiores 2012, a Vale registrou no ano passado um lucro de 15,3 bilhões de dólares, o maior já alcançado por uma empresa de capital aberto no país.
Não há dúvidas sobre o gigantismo da Vale, que detém uma parcela de 72% do mercado nacional de minérios. Em 2011, as margens de venda da empresa bateram em 42%, só perdendo para os 51% da mineira Namisa. Há de se considerar, contudo, o tamanho das companhias: enquanto a Vale vendeu 36 bilhões de dólares no mesmo período, a cifra da Namisa foi de 1,3 bilhão.
Os números impressionam, mas a companhia quer mais. O objetivo é elevar a produção para 460 milhões de toneladas de minério de ferro até 2017, crescimento de mais de 40% sobre os níveis do ano passado.
A expansão deverá se assentar sobretudo no projeto de Serra Sul de Carajás, no Pará. Com investimento de 16,5 bilhões de reais, as operações no local devem entrar em funcionamento na segunda metade de 2016.