Negócios

Vale diz estar aberta a novas parcerias no Ceará

Rio de Janeiro - O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse hoje que as parcerias da empresa em projetos de siderurgia visam "garantir mercado" para o aço produzido nestes empreendimentos. Segundo ele, a companhia não está procurando parceiros para a Aços Laminados do Pará (Alpa), mas está aberta a potenciais novos parceiros no projeto da […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Rio de Janeiro - O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse hoje que as parcerias da empresa em projetos de siderurgia visam "garantir mercado" para o aço produzido nestes empreendimentos. Segundo ele, a companhia não está procurando parceiros para a Aços Laminados do Pará (Alpa), mas está aberta a potenciais novos parceiros no projeto da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, no qual já conta com a parceria da coreana Dongkuk.

"Queremos parcerias nas siderúrgicas para que já nasçam com mercado. A grande questão é ter mercado para colocar os produtos, o mercado brasileiro não comporta toda a produção", disse. No entanto, Agnelli afirmou que está otimista em relação ao desenvolvimento do mercado brasileiro e que considera o País "o melhor do mundo para produzir aço". De acordo com o executivo, "se o Brasil continuar crescendo no ritmo de 4% a 6% ao ano, o consumo de aço vai crescer muito e o excedente que há hoje vai acabar logo".

Agnelli também acredita que a capacidade máxima de produção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), de 5 milhões de toneladas, será atingida em prazo inferior a três ou quatro anos. O presidente da ThyssenKrupp, parceira da Vale no projeto, Ekkehard Schulz, avaliou que, no prazo de três a quatro anos, a economia mundial terá retomado o ritmo de antes da crise e, nesse momento, a capacidade instalada da siderúrgica já terá sido atingida ou ampliada. O presidente da Vale concedeu entrevista após participar da cerimônia de início das operações da CSA.

Custo

A valorização do real desde 2004, quando foi firmado o acordo da entre a Vale e a ThyssenKrupp para a construção da CSA, foi o principal fator para o aumento de 30% no custo total do projeto, informou Agnelli. Após a inauguração da CSA, na zona oeste do Rio, Agnelli contou que a apreciação do Real elevou o preço em dólares do projeto, que envolveu a importação de equipamentos. O investimento total ficou em R$ 5,2 bilhões.

"Ficou bem caro, pelo menos uns 30% acima do inicialmente previsto. Entre 1 bilhão e 1,5 bilhão de euros ficou por conta disso: variação cambial, o atraso e alguns equipamentos que também provocaram atrasos no projeto. Mas a maior parte foi câmbio", afirmou.

No evento de hoje, Agnelli disse ainda que o preço do minério "depende do comportamento do mercado". Segundo ele, a demanda por minério continua firme, liderada pela China e por outros países da Ásia. "A Europa teve recuperação em relação ao ano passado, ou seja, a demanda, que determina o preço, continua muito forte. Para frente, temos que aguardar os acontecimentos, sobretudo na Europa. Sou otimista e acho que o mercado continua firme, mas, se o preço vai oscilar para cima ou para baixo, é o mercado que vai dizer", afirmou.
 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaInvestimentos de empresasMineraçãoRegião NordesteRoger AgnelliSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Acidente de carro leva jovem de 33 anos a vender pudim — hoje o negócio fatura US$ 450 mil ao ano

Frete grátis a partir de R$19: Mercado Livre aposta em menor valor da história para ampliar vendas

Miami Ad School lança nova edição de curso voltado para futuros estrategistas

Intelbras lança linha de produtos com foco em praticidade para o consumidor