Navio Vale Beijing: supercargueiro não era tão forte quanto se pensava (Biaman Prado/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 17h22.
São Paulo – A Vale deixou de embarcar 750.000 toneladas de minério de ferro, durante o período em que o supercargueiro Vale Beijing apresentou uma rachadura no casco e paralisou as operações no píer I do terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão.
A Vale não informou a que preço o minério que deixou de ser exportado foi vendido. Se o produto tivesse sido contratado pelo preço à vista desta terça-feira, a paralisação representaria que quase 105 milhões de dólares deixaram de ser embarcados no período.
A conta baseia-se na cotação à vista do Iron Ore Index (MBio Index) do Metal Bulletin, hoje em 139,70 dólares por tonelada, para um mineral com 62% de minério de ferro.
De acordo com a Vale, o supercargueiro já foi rebocado para uma área segura, e as operações de embarque no píer devem ser retomadas ainda na tarde desta terça-feira.
Rachadura
O Vale Beijing atracou no porto maranhense na última sexta-feira, para ser carregado com minério de ferro. No domingo, o navio deveria partir para o porto de Rotterdam, na Holanda.
Contudo, o supercargueiro, projetado para uma carga de 400.000 toneladas, não aguentou o carregamento e sofreu uma rachadura no casco quando estava com pouco mais de 384.000 toneladas de carga.
A embarcação faz parte da forte de supercargueiros planejada pela Vale para ter maior controle sobre suas rotas marítimas e o frete de seus produtos. O Vale Beijing foi concluído recentemente em um estaleiro da Coreia do Sul e pertence à coreana STX Pan Ocean, uma empresa de fretamento marítimo.
Outros sete supercargueiros devem ser entregues pela STX até 2013. Isto foi possível porque a Vale assinou contratos de arrendamento de longo prazo com a companhia.