Em 2011, a Vale disse que sua produção foi reduzida em 600.000 toneladas no primeiro semestre do ano devido às chuvas, que foram as mais fortes em 44 anos (Agência Vale/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 12h32.
Rio de Janeiro e São Paulo - Chuvas fortes em Minas, onde a Vale SA, a Cia Siderúrgica Nacional SA e a MMX Mineração e Metálicos SA possuem operações, podem interromper a produção e o transporte de minério pelo terceiro ano.
Minas Gerais deve receber 300 milímetros de chuva entre 4 e 10 de janeiro, disse ontem o meteorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia, em entrevista de Valinhos. O volume é igual à média de chuvas para o mês de janeiro dos últimos 30 anos, disse ele.
O governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em 71 municípios ontem, segundo boletim da Defesa Civil, diante das chuvas e enchentes que já deixaram pelo menos oito mortos. Nos últimos dois anos, chuvas e enchentes no estado interromperam atividades ferroviárias e portuárias que reduziram a produção da Vale, CSN e MMX.
As chuvas em Minas Gerais “afetam a CSN, as minas dela, como também afeta a Vale” e MMX, disse ontem Pedro Galdi, estrategista da SLW Corretora, em entrevista por telefone de São Paulo. “É um problema sério para a mineração aqui no Brasil. É difícil trabalhar na exploração com chuvas fortes, águas.”
Em 2011, a Vale disse que sua produção foi reduzida em 600.000 toneladas no primeiro semestre do ano devido às chuvas, que foram as mais fortes em 44 anos. A MMX também disse que sua produção recuou entre janeiro e abril de 2011 devido a chuvas e blecautes.
A produção da CSN no primeiro trimestre de 2010 ficou 2 milhões de toneladas abaixo do esperado após chuvas terem provocado interrupções em ferrovias e atrapalhado as exportações.