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Vale afirma que demanda da Ásia continua forte

Para mineradora, não há motivos para esperar uma desaceleração dos clientes asiáticos

Vista de Pequim: freada da China complicaria tudo para a Vale (Wikimedia Commons)

Vista de Pequim: freada da China complicaria tudo para a Vale (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 18h31.

São Paulo – A crescente preocupação dos investidores e economistas com a Ásia não afetou os ânimos da Vale. De acordo com o diretor executivo de metais não ferrosos da mineradora, Tito Botelho Martins, a demanda asiática por minerais continua “bastante forte” e não há “razão nenhuma” para que mude.

De acordo com a agência Bloomberg, Martins afirmou eu, se houver algum ajuste no mercado asiático de minério, ele será “de curto prazo.”

A Vale tem todos os motivos para se preocupar com a Ásia. No segundo trimestre, o continente respondeu por 50,9% da sua receita, ou 13,047 bilhões de reais. No mesmo período do ano passado, a Ásia havia representado 47% das vendas, ou 8,919 bilhões.

Isso mostra como a Vale se tornou mais dependente da Ásia nos últimos meses, diante da crise que afeta a Europa. As receitas geradas na Europa, por exemplo, recuaram de 23,4% do total para 19,7% na mesma comparação.

Dragão chinês

E, quando se fala de Ásia, nunca é demais lembrar que, para a Vale, isso significa sobretudo China. O país gerou 31,3% da receita da mineradora no segundo trimestre, ou 8 bilhões de reais. No segundo trimestre de 2010, o montante foi de 5,1 bilhões, o equivalente a 27,2% do total.

O que mais preocupa os chineses, neste momento, é a escalada da inflação. Neste fim de semana, por exemplo, o presidente do Banco Central chinês, Zhou Xiaochuan, afirmou que o país precisa focar no combate à inflação.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional rebaixou novamente a expectativa de crescimento da China para 2011, ao mesmo tempo em que elevou a projeção de inflação. O FMI espera, agora, que o PIB chinês cresça 9,5% neste ano (ante 9,6% da projeção anterior). Já a inflação ao consumidor esperada passou de 5% para 5,5%.

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