São Paulo - Após o fim da exclusividade dos cartões, o segmento de débito registrou o maior aumento em faturamento na comparação entre junho (último mês em que vigorou a exclusividade) e setembro. Segundo dados da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços), o faturamento com cartões de débito aumentou 7,6% no período, chegando a 13 bilhões de reais - enquanto o faturamento total (débito, crédito e redes/lojas) cresceu 6,24%.

O faturamento total foi de, aproximadamente, 45 bilhões de reais em setembro, um aumento de 23% em relação ao mesmo mês de 2009. No segmento de crédito, o faturamento foi de 26 bilhões de reais em setembro de 2010 - o valor é 5,98% superior ao de junho do mesmo ano. No ramo de cartões de marcas próprias (redes e lojas), o crescimento foi de 4,28% no período e, em setembro, o faturamento foi de 5 bilhões de reais.

Menor gasto por transação

Foram 235 milhões de transações em débito em setembro, enquanto em junho foram 221 milhões, um crescimento de 6,4%. O número de cartões de débito aumentou 1,73% entre junho e setembro, chegando a 245 milhões em setembro. O número de cartões de débito é maior do que os de crédito e de redes/lojas, mas o tíquete médio é inferior ao do crédito. Em setembro, o tíquete médio foi de 107 reais no crédito, 56 reais no débito e 54 reais em redes e lojas.

No total, foram 580 milhões de transações em setembro - aumento de 17% em relação ao mesmo mês de 2010 - e 612 milhões de cartões, um aumento de 11% em relação ao mesmo mês de 2010.

A Abecs estima 628 milhões de cartões em 2010 - perante 565 milhões em 2009. O faturamento estimado é de 535 bilhões de reais e um total de 7,1 bilhões de transações. Em 2009, foram 6 bilhões de transações e 444 bilhões de reais, sendo o débito o responsável pelo maior número de cartões (232 milhões) e o crédito responsável pelo maior número de transações (2,5 bilhões) e pelo maior faturamento (256 bilhões de reais).

A Abecs espera que, em 2010, seja mantida a predominância do crédito em número de transações e faturamento. Mas os cartões de redes/lojas devem encerrar o ano em 255 milhões de cartões - cerca de seis milhões a mais do que o débito, que domina atualmente nessa categoria.

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