Negócios

Usiminas obtém renegociação de dívidas com credores

A aceitação dos credores está condicionada à confirmação do aumento de capital de 1 bilhão de reais da empresa


	Usiminas: a aceitação dos credores está condicionada à confirmação do aumento de capital de 1 bilhão de reais da empresa
 (Nelio Rodrigues/EXAME)

Usiminas: a aceitação dos credores está condicionada à confirmação do aumento de capital de 1 bilhão de reais da empresa (Nelio Rodrigues/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 11h11.

São Paulo - A Usiminas anuncia assinatura de dois termos para renegociação de suas dívidas, sendo o primeiro com bancos brasileiros - Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco - e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o outro com debenturistas.

Entre outras condições, os termos preveem prazo total de dez anos para pagamento das dívidas da companhia perante os bancos brasileiros, o BNDES e os debenturistas, a partir da assinatura dos instrumentos definitivos, e período de carência de três anos para o início do pagamento do principal.

Os termos perderão a sua eficácia caso não ocorra a homologação, até 22 de julho, do aumento de capital de R$ 1 bilhão, conforme o fato relevante divulgado há pouco.

A siderúrgica mineira explica que a adesão do BNDES ao termo dos bancos está em processo de conclusão de aprovações internas do banco de fomento.

Já o termo de debenturistas foi assinado com a Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, que é agente fiduciário e representante dos titulares da 6ª emissão de debêntures simples, com esforços restritos. Hoje ocorreu Assembleia Geral de Debenturistas da companhia.

O objetivo é definir determinadas condições do processo de renegociação perante esses agentes, que representam atualmente cerca de 75% do total das dívidas da Usiminas em revisão.

Na semana passada, o diretor presidente da Usiminas, Sérgio Leite, afirmou que a renegociação das dívidas da empresa com os bancos estava em andamento, envolvendo alongamento da dívida e carência para início dos pagamentos.

"Estamos rigorosamente no cronograma e devemos concluir esse processo nos próximos 30 dias", disse, em evento em São Paulo. Na ocasião, descartou a alternativa de recuperação judicial da companhia.

Além dos bancos brasileiros, a renegociação está sendo feita com o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC, na sigla em inglês).

Ao fim do primeiro trimestre, a dívida líquida da Usiminas era de R$ 5,692 bilhões, crescimento de 26% em um ano. Segundo o relatório que acompanhou o demonstrativo financeiro da Usiminas, em 2016 a companhia tinha vencimentos de R$ 1,576 bilhão.

Em 2017, o valor sobe para R$ 1,768 bilhão e vai a R$ 2,015 bilhões em 2018. Já em 2019 os vencimentos caem para R$ 1,009 bilhão e para R$ 861 milhões em 2020.

Atualizada às 11h11

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasSiderúrgicasSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaBancosUsiminasEmpresas japonesasFinanças

Mais de Negócios

Como o supermercado carioca Guanabara se tornou um império de R$ 6 bilhões com preço baixo

Eles apostaram US$ 1 milhão e hoje faturam US$ 550 mil por ano com cinema antigo

De olho na próxima geração de líderes, Saint Paul lança graduação inédita em Administração

Com nova experiência, Smiles dobra oferta de hotéis que rendem milhas