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Usiminas inicia operação de simulador de aço para pré-sal

Empresa inaugurou o Sistema de Resfriamento Acelerado Piloto, que deve ser utilizado para a produção de aço que será usado para extrair o petróleo do pré-sal

Produção de aço da Usiminas: empresa é a maior produtora de aços planos do país (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)

Produção de aço da Usiminas: empresa é a maior produtora de aços planos do país (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 11h56.

São Paulo - A Usiminas começou nesta sexta-feira a operar um equipamento voltado à produção de aços especiais que atendem às difíceis condições de extração de petróleo nas grandes profundidades do pré-sal brasileiro.

A companhia, maior produtora de aços planos do país e que tem entre os principais acionistas a Nippon Steel, inaugurou o equipamento Sistema de Resfriamento Acelerado Piloto em sua usina em Ipatinga (MG), um simulador capaz de testar aços especializados sem que a empresa precise consumir elevadas quantidades de material produzido.

Segundo a Usiminas, o equipamento é capaz de trabalhar com chapas de 50 quilos. "Para fazer testes na linha industrial seriam necessárias 180 toneladas de aço líquido, o que acarretaria um custo significativamente maior," afirmou em comunicado o diretor de Pesquisa e Inovação da empresa, Darcton Policarpo Damião.

"O projeto permitirá reproduzir em laboratório a tecnologia de processamento de aços via CLC (Continuous Online Control), transferida recentemente da Nippon Steel para a Usiminas e responsável pela produção dos aços da linha Sincron, destinados à cadeia industrial do pré-sal," disse Damião.

O equipamento ativado permitirá à Usiminas antecipar a distribuição no mercado de aços de alto valor agregado, principalmente material voltado para tubos de grande diâmetro e à construção naval e petrolífera, afirma a empresa, cujo centro de pesquisa e desenvolvimento em Ipatinga elevou o número de pesquisadores de 44 em 2006 para 76 no ano passado.

A Usiminas tem sido alvo de rumores do mercado sobre mudanças no controle acionário. No final de janeiro, a rival Companhia Siderúrgica Nacional anunciou que estava avaliando aumentar sua participação na Usiminas depois de ter comprado cerca de 5 por cento das ações ordinárias da empresa.

O movimento ocorreu em um momento de fraqueza das ações da companhia, que está se reorganizando para priorizar serviços e adição de valor agregado a seus produtos, enquanto a indústria siderúrgica local enfrenta concorrência de aço importado.

Às 12h17, as ações da Usiminas exibiam queda de 0,46 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,8 por cento.

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