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Usiminas espera exportar 8 milhões de toneladas em 2015

Segundo gerente comercial da Mineração Usiminas, Eduardo Costa de Faria, o início dos embarques depende da entrada em operação do Porto Sudeste, em Itaguaí


	Usiminas: a Mineração Usiminas já negocia com clientes da China e do Japão
 (Domingos Peixoto/EXAME)

Usiminas: a Mineração Usiminas já negocia com clientes da China e do Japão (Domingos Peixoto/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 16h50.

Rio - A unidade de mineração da Usiminas espera exportar pelo menos 8 milhões de toneladas de minério de ferro em 2015.

O montante corresponde a dois terços da produção da companhia.

De acordo com o gerente comercial da Mineração Usiminas, Eduardo Costa de Faria, o início dos embarques depende da entrada em operação do Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ).

"Pelo que temos conversado, no primeiro trimestre de 2015 já teremos produção saindo (do país)", disse Faria, após participar do congresso America's Iron Ore, nesta terça-feira, 11, no Rio.

No terceiro trimestre deste ano, segundo ele, a companhia não exportou devido à falta de espaço nos portos brasileiros.

A Mineração Usiminas já negocia com clientes da China e do Japão, mas também tenta fechar contratos na Europa.

Um volume de 4 milhões de toneladas de minério, segundo o executivo, é atualmente comercializado dentro do próprio grupo, servindo de matéria-prima para a siderúrgica Usiminas.

Caso a demanda externa supere as expectativas, esse volume pode ser flexibilizado.

Apesar da perspectiva positiva para as exportações, o projeto Compactos, pensado para ampliar a capacidade de produção da mineradora em 14 milhões de toneladas por ano, segue engavetado.

O investimento passa por uma fase de aprofundamento de estudos.

"A decisão está longe. Continuamos com o estudo, mas acredito que a decisão será tomada ao longo de 2015, mais para o fim do ano, quem sabe 2016. Hoje, com esse ambiente, ninguém pensa em fazer um investimento desse tamanho", disse Faria.

Segundo o executivo, a queda nos preços do minério de ferro afetou a viabilidade do projeto.

Parte dos estudos foi feita quando a commodity estava em alta, em 2008, resultando em um investimento entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão.

Esse valor agora deve ser revisado para baixo para tornar o projeto possível.

Além do orçamento elevado, o preço da tonelada do minério de ferro, hoje abaixo de US$ 80, também contribui para manter o projeto guardado.

"A partir de US$ 80 dólares já seria viável, mas viável com risco, em função do investimento envolvido. A partir de US$ 90, seria mais tranquilo", disse Faria.

No curto e médio prazo, contudo, ele não vê reação do mercado. "Vejo mais na casa de US$ 80."

A Mineração Usiminas concluiu o projeto Friáveis este ano e elevou sua capacidade de produção de 8 milhões para 12 milhões de toneladas por ano.

A segunda expansão faz parte do projeto Compactos, que ainda não foi validado pelo conselho, mas é considerado importante pela companhia para elevar a exploração de suas reservas.

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