Wilson Brumer, presidente da Usiminas: produção de minério de ferro em 2015 deve chegar a 29 milhões de toneladas (Nelson Perez)
Daniela Barbosa
Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 17h21.
São Paulo - A Usiminas informou, nesta quarta-feira (23/2), que planeja ser autossuficiente em produção de energia até 2015. No mesmo período, a siderúrgica quer também ampliar a produção de minério de ferro dos atuais 6,8 milhões de toneladas anuais para 29 milhões de toneladas. “Neste ano, os investimentos no nosso braço de mineração somarão 550 milhões de reais”, afirmou Wilson Brumer, presidente da Usiminas, em teleconferência com a imprensa.
A autossuficiência em energia deve gerar para ao caixa da Usiminas uma economia anual na faixa de 350 milhões de reais por ano. Atualmente, a companhia consome 445 megawatts (MW) no ano e produz apenas 22% da energia que necessita. “O primeiro passo é buscar maneiras de aproveitar nossas fontes de energia. Hoje, nossas usinas produzem gases que podem ser usados na co-geração de energia”, afirmou Brumer.
A Usiminas não descarta também fechar parcerias com hidroelétricas para alcançar a sua autossuficiência em energia. Empresas como a Arcelor Mittal e CSN, que atuam no mesmo segmento que a Usiminas, já produzem toda a energia que consomem. “Esta é uma avenida que queremos percorrer, pois agregará valor à nossa companhia”, disse o executivo.
Investimentos
Os valores investidos pela companhia para buscar a autossuficiência, no entanto, serão pequenos e não devem ultrapassar a cifra de 5 milhões de reais neste ano. O montante será destinado para desenvolvimento de novas tecnologias que otimizem o processo de redução de energia.
Já o setor de mineração vai receber 20% do montante que a companhia planeja investir este ano, 2,8 bilhões de reais. Em 2010, a companhia produziu 6,8 milhões de toneladas de minério de ferro, com os investimentos previstos para o ano, em 2012, o volume deve saltar para 12 milhões de toneladas.
Parcerias fechadas no campo logístico, como a anunciada no final do ano passado, com a MMX, de Eike Batista, devem facilitar a expansão da companhia no segmento. “Não dá para pensar em mineração, sem ter uma estrutura logística adequada”, disse Brumer.