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Uruguai liquida companhia aérea Pluna, que anuncia suspensão de voos

"A situação econômico-financeira da empresa torna impossível garantir uma operação adequada", indicou a companhia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 22h57.

Montevideo - O governo uruguaio decidiu nesta quinta-feira liquidar a companhia aérea Pluna, que anunciou a suspensão de todos os seus voos por conta dos sérios problemas financeiros que a empresa enfrenta.

De acordo com uma fonte do governo uruguaio, a Pluna, que tem uma frota de 13 aviões Bombardier CRJ900 Nextgen que conecta Montevidéu a cidades de Argentina, Brasil e Chile, suspenderá seus voos na sexta-feira ao meio-dia, no horário de Brasília.

"A situação econômico-financeira da empresa torna impossível garantir uma operação adequada", indicou a companhia por meio de um comunicado, no qual esclareceu que a suspensão dos voos é de "indefinidamente." O Estado uruguaio é o único administrador da Pluna desde meados de junho, quando o fundo de investimento que detinha 75 por cento da companhia abandonou sua participação após se negar a capitalizá-la. Uma agência estatal controlava a fatia de 25 por cento restante.

"A empresa era insolvente e sua situação atual está muito comprometida. Não se pode financiar a operação, não há liquidez, e nesta situação (a companhia aérea) não pode continuar voando", disse à Reuters a fonte do Poder Executivo sob condição de anonimato.

Está previsto que o Conselho de Ministros elabore na segunda-feira um projeto de lei que contemple um chamado aos interessados para criar uma nova companhia aérea com participação estatal, uma proposta que conta com o aval do presidente do Uruguai, José Mujica.


O governo uruguaio buscou um sócio para injetar fundos na problemática companhia aérea, mas seus esforços fracassaram. A petroleira estatal Ancap ameaçou várias vezes cortar o abastecimento de combustível à empresa por falta de pagamento.

A Pluna registrou prejuízo de mais de 100 milhões de dólares entre 2007 e 2012 por conta da queda de demanda de passagens, consequência da desaceleração das economias da região, o alto preço de combustível e problemas de tráfego aéreo.

"Não temos como continuar voando ... Não há norma que permita ao governo colocar dinheiro dentro da empresa. A única maneira era com a capitalização do privado e o Estado colocando a sua parte", disse a fonte do governo.

A Pluna ainda não definiu como irá ressarcir os passageiros afetados pela suspensão dos voos. O sindicato dos funcionários da companhia fez uma paralisação na quarta-feira e quinta-feira em defesa dos empregos, o que obrigou o cancelamento de 60 voos.

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