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Urban Jungle: Florestas em apartamentos viram tendência na decoração

Amantes de plantas enchem o ambiente de verde e colhem benefícios não só no visual; saiba como começar a sua

Vitor, Amanda e o coelho Zezinho entre muitos vasos de antúrios e begônias, no apartamento em São Paulo (Rafael Barbosa/Divulgação)

Vitor, Amanda e o coelho Zezinho entre muitos vasos de antúrios e begônias, no apartamento em São Paulo (Rafael Barbosa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 09h00.

Última atualização em 6 de dezembro de 2022 às 09h38.

Foi-se o tempo em que o Tarzan era considerado o rei da selva. Hoje qualquer um pode exercer esse papel, sem precisar sair de casa. Com pouco espaço, é possível recriar um ambiente natural, por meio de uma tendência chamada de “urban jungle”, ideia que surgiu por volta de 2017 entre arquitetos e decoradores que investiram em espaços domésticos repletos de plantas, para melhorar o ambiente e o bem-estar de seus moradores.

O que é Urban Jungle?

O que até então era visto apenas como um modelo de decoração, hoje se tornou um estilo de vida, adotado por muitos que procuram se conectar com a natureza, em meio ao caos das grandes cidades e que ganhou forças principalmente durante a pandemia.

É o caso do programador Rafael Barbosa, de 29 anos, que já gostava de plantas, mas ainda não havia encontrado o espaço ideal. “Queria ter em casa, mas na época morava com a minha ex-namorada e ela sempre tinha algumas ressalvas, então para evitar atritos, fui postergando. Quando passei a morar em um apartamento sozinho com o Ozzy (cachorro), deletei as redes sociais e resolvi focar mais em outras atividades”, conta. 

Ele diz que no começo a atividade era experimental. “Queria ter novas espécies e ver como elas se comportavam, mas percebi que não era um jeito muito legal de lidar, hoje respeito às peculiaridades da planta”.

Mas foi de volta às redes sociais que Rafael transformou a paixão em negócios. “Minha mãe trabalha em um salão e nessa época ela parou de ter clientes, para ajudá-la a ter uma renda e a passarmos a ter algo em conjunto, passei a vender plantinhas para todo o Brasil. Isso foi evoluindo até chegar nesse momento em que tenho uma estufa de 12m², com mais de 300”, explica o programador, que somente dentro do apartamento, no centro de São Paulo, já acumulou mais de 150 plantas e hoje mantém um horto em Valinhos, no interior de São Paulo, onde cultiva  plantas para comércio.

Foi nas redes sociais do Rafael que o designer editorial Vitor Roberto Coelho, de 26 anos, e sua namorada Amanda Souza dos Santos, se motivaram a também viver o estilo “urban jungle”, após se mudarem de cidade. 

O casal, que hoje tem mais de 100 plantas e 50 espécies, se dedica principalmente ao cultivo de antúrios, e o que para eles era apenas uma forma de transformar o ambiente, acabou transformando suas vidas com um hábito incorporado a uma comunidade. 

“Eu e minha namorada morávamos em Cotia, uma cidade com muito verde e mata tropical, então essa proximidade com a natureza sempre foi protagonista nas nossas vivências na cidade. Acredito que esse impulso de incluir muitas plantas dentro de casa veio dessas interações sempre presentes”, afirma o designer.

O influencer e botanista Rafael Barbosa, 29, em sua selva no centro de São Paulo (Rafael Barbosa/Divulgação)

Como ter uma Urban Jungle?

Para quem quer criar a sua própria urban jungle, Vitor e Rafael incentivam a começar pelas plantas que se adaptam a diferentes ambientes, como as jiboias, a costela-de-Adão e suculentas. Além de serem plantas que se adequam melhor, é muito mais fácil tentar criar mudas a partir das já existentes, caso a planta esteja morrendo, apenas arrancando pedacinhos com raízes.

Vale ressaltar que cada planta é única e exige cuidados específicos.  As jibóias, por exemplo, são plantas que se dão bem com o calor e a luz, podendo ficar em ambientes mais arejados de contato direto com o sol. Sua rega deve ser feita duas vezes na semana, aumentando em épocas de seca.

Já a costela-de-Adão, por ser uma planta que cresce bastante, merece atenção com relação ao vaso. Ela é uma planta que gosta de luz, então deve estar sempre em ambientes iluminados, mas tome cuidado com a exposição direta ao sol, pois ela pode criar manchas em suas folhas. Assim como nas jibóias, recomenda-se uma rega de duas vezes na semana.

As suculentas, por outro lado, podem ser aguadas semanalmente, já que são plantas que acumulam a água. Elas também são plantas adeptas da luminosidade, sol e meia sombra são o ideal para a espécie.

Floriculturas, floras, Ceasas e casas de jardinagens podem ser o lugar ideal para encontrar as suas primeiras plantinhas, lembrando que estas devem vir com as raízes para melhor plantio e cultivação. 

Mas Rafael ressalta que, independentemente de onde você comprar  sua planta, é importante observá-la com atenção. “Elas podem vir  com pragas e comprometer o seu ambiente de plantas. É importante examinar bem a planta, o solo e na maioria dos casos, trocar o substrato ou deixar a planta primeiro em um lugarzinho separado para ver como ela age após alguns dias”.

Com relação ao solo, segundo os especialistas, o fertilizante NPK 10-10-10, serve para a maioria das plantas e pode ser encontrado em bolinhas que liberam lentamente o adubo na terra.

E se você quer ficar ainda mais antenado sobre o mundo das florestas urbanas, hashtags voltadas para o tema podem te aproximar de outras pessoas apaixonadas pelo verde, assim como comunidades, cafeterias e outros ambientes repletos de dicas e novidades, para você e suas plantinhas.

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