German Efromovich, chairman da Avianca Holdings, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Germano Luders/EXAME/Exame)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2018 às 19h44.
Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 16h59.
A United acaba de fechar uma parceria com a Avianca e a Copa Airlines. Entre os novos serviços oferecidos, estão novas rotas sem escala e redução no tempo de viagens. O Brasil e a operação da Avianca Brasil não foram incluídos nesse acordo.
"Ao integrar suas redes complementares e parcerias comerciais, Avianca, United e Copa esperam oferecer um amplo portfólio para seus consumidores", diz a companhia aérea em comunicado. O acordo irá integrar voos nos Estados Unidos e em países da América Latina.
A companhia não informou se a parceria envolve compras de ações das companhias aéreas. Mais cedo, o Wall Street Journal havia reportado que o acordo poderia envolver um empréstimo da United para German Efromovich, acionista controlador da companhia aérea colombiana, para reduzir seu endividamento com um fundo de hedge, o Elliott Management Corp.
As ações de Efromovich na Avianca seriam usadas como garantia do empréstimo, de acordo com o jornal. A Avianca tem uma dívida de cerca de 4 bilhões de dólares e quase 40% desse valor tem vencimento nos próximos dois anos.
O negócio poderia fortalecer uma eventual fusão entre a Avianca e a Avianca Brasil, duas empresas separadas e controladas pelo Grupo Synergy. A companhia colombiana é controlada pelo empresário Gérman Efromovich e a brasileira, pelo seu irmão, José Efromovich. As duas têm planos de fusão e montaram, em 2017, um grupo de trabalho para estudar a união dos negócios — é o terceiro em sete anos. Os planos, no entanto, foram postergados por mais 18 meses em abril.
A ideia de uma parceria ou joint venture entre a Avianca e a americana também já circula há um tempo. Em 2016, as duas empresas, que são membro da aliança global Star Alliance, firmaram um acordo de compartilhamento de voos. Já em 2017, a United anunciou que iria fortalecer a parceria comercial com a Avianca Brasil e a Avianca.
As empresas estavam preparando uma joint venture de 10 anos e que envolveria todas as ligações das aéreas nos Estados Unidos e América Latina. No entanto, as negociações se estenderam por mais de dois anos. A demora levou o presidente da United, Scott Kirby, a anunciar que estaria procurando parcerias com outras empresas na América Latina, como a Copa Airlines do Panamá e a brasileira Azul Linhas Aéreas.