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United compra 5% da Azul por US$ 100 mi

Acordo acontece duas semanas após o consórcio liderado por David Neeleman ter vencido a disputa pela compra de 61 por cento da portuguesa TAP


	Avião da Azul: parceria envolve o direito de a United ter um membro no Conselho de Administração da Azul
 (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia)

Avião da Azul: parceria envolve o direito de a United ter um membro no Conselho de Administração da Azul (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2015 às 16h18.

São Paulo - A Azul Linhas Aéreas e a United Airlines, do grupo United Continental, anunciaram acordo nesta sexta-feira por meio do qual a companhia aérea norte-americana comprará 5 por cento do capital da empresa brasileira por 100 milhões de dólares.

A parceria dará a United o direito de nomear um membro para o Conselho de Administração da Azul. As duas empresas também fecharam um acordo de compartilhamento de voos.

A participação do presidente-executivo e fundador da Azul, David Neeleman, de cerca de 67 por cento do capital, não terá mudança relevante com a operação, já que a entrada da United será feita por meio de uma injeção de capital. "Queremos tudo", disse Neeleman a jornalistas, ao responder pergunta se o objetivo do acordo é o de aproximar a Azul da rival Gol, que tem parceria com outra companhia aérea norte-americana, a Delta, para atuar no exterior.

"Com a força que temos em aviação regional, isso nos ajuda a fazer mais de tudo e ganhar em capilaridade." Juntas, as empresas poderão oferecer ligações para mais de 450 destinos, com mais de 6 mil vôos diários, segundo as companhias. Apesar disso, a Azul disse que não desistiu de lançar seu próprio voo para Nova York no ano que vem.

Dentro de cerca de 30 dias, a Azul já deve ter opções de venda de passagens dentro da parceria no modelo interline. O acordo de compartilhamento de voos depende de aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O vice-presidente financeiro da United, John Rainey, disse que a opção por investir na Azul em vez de apenas um acordo de compartilhamento de voos ocorreu pelo interesse por uma parceria de longo prazo.

"Estamos focados no 5 por cento, nesse momento é adequado", disse, ao ser questionado sobre a chance de elevar a fatia na Azul.

O acordo da Azul com a United foi anunciado apenas duas semanas após o consórcio liderado por Neeleman vencer a disputa pela compra de 61 por cento da ex-estatal portuguesa TAP por 354 milhões de euros.

IPO E VALOR DE MERCADO

O acordo atribui um valor de mercado à Azul de cerca de 2 bilhões de dólares, uma avaliação mais generosa do que a exibida pela rival Gol, cujo valor na bolsa com base no preço de sua ação no fechamento da quinta-feira era próximo de 700 milhões de dólares.

A Gol tem apenas um terço do capital no mercado, todo ele distribuído em ações sem direito a voto.

Há quase um mês, a Azul desistiu pela terceira vez em menos de dois anos o plano de realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bovespa, devido a condições adversas de mercado.

Questionado se mantém interesse na listagem, Neeleman disse que a operação ocorrerá quando o mercado estiver mais propício.

Texto atualizado às 16h18

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