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Unilever suspende previsão de vendas por efeitos pandemia

A empresa ressalta a mudança de hábitos de consumo gerada pelo isolamento social em decorrência do novo coronavírus

Unilever: empresa diz que hábitos de consumo mudaram e pessoas estão comprando mais alguns produtos do que outros (Philippe Wojazer/Reuters)

Unilever: empresa diz que hábitos de consumo mudaram e pessoas estão comprando mais alguns produtos do que outros (Philippe Wojazer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de abril de 2020 às 17h00.

Última atualização em 23 de abril de 2020 às 17h00.

A Unilever suspendeu nesta quinta-feia metas de vendas para este ano e avisou que seu desempenho poderá piorar no trimestre atual, conforme se ajusta a um mundo em que as pessoas consomem mais a partir de suas casas.

A companhia de produtos de consumo disse que foi atingida por mudanças causadas pela pandemia de coronavírus, com mais pessoas evitando ir a restaurantes e optando por fazerem suas próprias refeições em casa.

"As coisas ficarão mais difíceis antes de melhorarem", disse o presidente-executivo do grupo, Alan Jope, em teleconferência, apontando especificamente para o impacto nas vendas de sorvetes e nos negócios de food service, que atende estabelecimentos como cantinas, restaurantes e cafés.

Por outro lado, a Unilever, afirmou que a preocupação das pessoas com higiene está ampliando as vendas de sabão em pó, desinfetantes para as mãos e outros produtos de limpeza.

A companhia vai priorizar o desenvolvimento de produtos de menor valor agregado, pois espera que as economias de todo o mundo entrem em um período de crescimento lento.

"Estamos nos adaptando aos novos padrões de demanda e nos preparando para mudanças duradouras no comportamento do consumidor, em cada país, à medida que saímos da crise e nos recuperamos", disse Jope.

As vendas da empresa permaneceram estáveis no primeiro trimestre, sustentadas por crescimento nos Estados Unidos e Europa, onde consumidores estocaram produtos de limpeza e de higiene pessoal.

A Unilever suspendeu metas de vendas para o ano, que previam um crescimento perto do pico da faixa de 3% a 5%, dizendo que não pode "avaliar de forma confiável o impacto" do coronavírus.

"A Unilever está se mostrando menos resiliente do que seus pares até agora e a primeira metade do ano continuará fraca com um provável segundo trimestre pior", escreveram analistas do JP Morgan em relatório divulgado nesta quinta-feira.

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