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Unidade da Telecom Italia investe em cabo entre Brasil e EUA

A unidade da Telecom para o mercado de atacado está investindo mais de US$ 300 mi no 1º cabo submarino de fibra ótica conectando o Brasil diretamente aos EUA


	Telecom Italia: empresa busca, assim, uma vantagem sobre concorrentes como a Telefónica
 (Max Rossi/Reuters)

Telecom Italia: empresa busca, assim, uma vantagem sobre concorrentes como a Telefónica (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 21h00.

A unidade da Telecom Italia SpA para o mercado de atacado está investindo mais de US$ 300 milhões no primeiro cabo submarino de fibra ótica conectando o Brasil diretamente aos EUA.

A empresa busca, assim, uma vantagem sobre concorrentes como a Telefónica SA em termos de sistemas que transportam grandes quantidades de dados.

A Telecom Italia Sparkle está se juntando ao projeto liderado pela Seaborn Networks Group Inc., segundo a empresa com sede em Roma. A Sparkle comprou três pares de cabos de fibra ótica de um total de seis que compõem o Seabras-1, um sistema submarino que liga São Paulo a Nova York.

O Seabras-1, que está sendo construído pela Alcatel-Lucent SA, estará pronto para operar no segundo trimestre do ano que vem, disse a Seaborn na segunda-feira.

A operadora italiana de telecomunicações, com dificuldades para reverter a queda nas vendas, está procurando novas fontes de receita em um momento em que a concorrência dos mercados de telefonia celular italiano e brasileiro está pesando sobre as contas telefônicas.

A Sparkle vende o acesso à sua rede a clientes como Google Inc. e Verizon Communications Inc. e respondeu por cerca de 6 por cento da receita da Telecom Italia em 2014.

“O Seabras é um dos nossos maiores investimentos em infraestrutura”, disse Alessandro Talotta, o número 1 da Sparkle, em entrevista por telefone. O investimento deverá transformar a Sparkle na líder do mercado de atacado no continente americano, disse ele.

Investidores estrangeiros

O CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, está tentando reanimar as vendas e os lucros da operadora no momento em que a empresa atrai o interesse de investidores estrangeiros.

A francesa Vivendi SA ampliou sua participação para mais de 20 por cento no ano passado e o bilionário francês Xavier Niel adquiriu títulos equivalentes a uma participação de cerca de 15 por cento.

No Brasil, a empresa de telefonia Oi SA estava trabalhando para finalizar uma proposta de fusão com a TIM Participações SA, a unidade local da Telecom Italia, ainda neste mês, disse uma pessoa próxima às negociações no mês passado.

A LetterOne, do bilionário russo Mikhail Fridman, prometeu injetar até US$ 4 bilhões na Oi se a empresa se combinar com a TIM antes do fim do prazo, em maio.

A concorrente Telefônica, enquanto isso, poderá reexaminar uma possível venda de sua unidade de cabos submarinos como parte da reavaliação da operadora de telefonia espanhola aos seus ativos de infraestrutura depois que não conseguiu vender a empresa, há vários meses, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto no mês passado.


A Seaborn Networks disse na segunda-feira que havia concluído a captação de US$ 500 milhões para o projeto.

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