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ISA no Chile pode acessar mercado de capitais internacionais

Exploração dos mercados de capitais seria para financiar mais da metade do 1 bilhão de dólares em investimentos planejados em transmissão de energia elétrica


	A Interchile, unidade da ISA, pode buscar financiamento de mais de 500 milhões de dólares para construir e operar três linhas de transmissão de circuito duplo em 500 quilovolts e 757 quilômetros
 (Stock.Xchange)

A Interchile, unidade da ISA, pode buscar financiamento de mais de 500 milhões de dólares para construir e operar três linhas de transmissão de circuito duplo em 500 quilovolts e 757 quilômetros (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 18h16.

Medellín - A unidade chilena da estatal de energia colombiana ISA pode explorar os mercados de capitais internacionais para financiar mais da metade do 1 bilhão de dólares em investimentos planejados em transmissão de energia elétrica, disse o presidente-executivo do grupo, Luis Fernando Alarcón.

A medida em que a ISA, um dos maiores operadores de linhas de transmissão de energia da América Latina, busca expandir suas operações em energia, rodovias e telecomunicações em toda a região, Alarcón disse que irá explorar as possibilidades de financiamento em dólares e em moedas locais, conforme a necessidade.

A Interchile, unidade da ISA e segunda maior transmissora de energia no Chile, pode buscar financiamento de mais de 500 milhões de dólares para construir e operar três linhas de transmissão de circuito duplo em 500 quilovolts e 757 quilômetros, disse Alarcón.

"Estamos falando, facilmente, de um número superior a 50 % do investimento", disse Alarcón nesta segunda-feira em entrevista durante o Reuters Latin American Investment Summit.

O grupo ISA, cujo controle é detido pelo governo colombiano, opera em toda a América Latina, com unidades no Equador, Peru, Chile, Bolívia, Argentina, Brasil e na América Central. Suas linhas de eletricidade em alta tensão somam quase 40 mil quilômetros em toda a região.

A ISA expandiu sua experiência em infraestrutura energética para o segmento de rodovias. A empresa fez uma parceria com a espanhola Cintra, que faz parte do Grupo Ferrovial, para disputar concessões de rodovias na Colômbia.

Alarcón não descarta o desenvolvimento de rodovias fora da Colômbia no futuro, mas disse que seu foco imediato será no mercado colombiano.

"Nós não descartamos, no futuro, que vamos entrar (em rodovias) em outros países da região, mas os nossos esforços, a nossa prioridade no momento para novos investimentos será a Colômbia." A desaceleração do crescimento econômico na América Latina não tem impactado a ISA, disse Alarcón, já que sua receita não é dependente da demanda por energia.


O que tem impactado o resultado da ISA é a decisão do governo brasileiro, no ano passado, de diminuir a conta de energia paga pelo consumidor por meio da renovação antecipada e onerosa de concessões de energia elétrica que venceriam de 2015 a 2017.

A Cteep, maior empresa privada de transmissão de energia elétrica no Brasil e que é 38 % detida pela ISA, concordou em aceitar a renovação no ano passado --depois de inicialmente rejeitá-la.

O lucro líquido do grupo ISA caiu quase 30 % no primeiro trimestre, para 70 bilhões de pesos colombianos (38 milhões de dólares), afetado principalmente pelas operações brasileiras.

Alarcón disse que a ISA e o governo brasileiro ainda não chegaram a um acordo sobre o tamanho da indenização adicional que a empresa irá receber por ativos não amortizados, mas os seus próprios cálculos estimam que deve ser algo até 3 bilhões de reais.

"Se tivermos a compensação integral, então certamente o impacto não será grande, mas se ele não se aproxima desse valor, teremos um impacto importante, não apenas para nós... mas para outros acionistas."

"Acho que o processo (de renovação de concessões elétricas no Brasil) poderia ter sido tratado de uma forma mais eficiente e mais em sintonia com o espírito do contrato", disse Alarcón, reconhecendo que a proposta do governo para reduzir as tarifas era "válido".

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