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União Química vai iniciar produção da vacina Sputnik V para exportação

O CEO da União Química afirmou que a unidade da empresa em São Paulo será encarregada de produzir a vacina para exportação para países que a aprovaram

Sputnik V: os desenvolvedores russos da Sputnik negam qualquer tipo de problema no desenvolvimento e produção do imunizante (Agustin Marcarian/Reuters)

Sputnik V: os desenvolvedores russos da Sputnik negam qualquer tipo de problema no desenvolvimento e produção do imunizante (Agustin Marcarian/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de maio de 2021 às 18h00.

O laboratório brasileiro União Química planeja começar a produzir a vacina russa contra covid-19 Sputnik V na próxima semana, apesar da falta de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o momento para uso do imunizante no país, disse o presidente-executivo da farmacêutica nesta sexta-feira.

O CEO e fundador da União Química, Fernando Marques, afirmou que a unidade da empresa em São Paulo que recebeu certificado da Anvisa de boas práticas de produção será encarregada de produzir a vacina para exportação para países que a aprovaram.

“Nossa intenção é iniciar a produção já na próxima semana com a finalidade de exportação desta produção", afirmou Marques em audiência no Congresso, acrescentando que a Sputnik V não será usada no Brasil até que seja aprovada, mas que países vizinhos da América Latina aprovaram a vacina e querem entregas.

Na semana passada, a Anvisa barrou importações da Sputnik V por governadores que buscam reforçar a campanha de imunização contra uma doença que já matou mais de 415.000 brasileiros.

Em um revés para a vacina russa, a equipe técnica da Anvisa alertou para "falhas" no desenvolvimento e nos testes clínicos da Sputnik, e disse que os dados apresentados sobre segurança e eficácia da vacina estavam incompletos.

Os desenvolvedores russos da Sputnik negam qualquer tipo de problema no desenvolvimento e produção do imunizante.

Em comentário nesta sexta-feira no Senado, Marques afirmou que a União Química espera receber um lote de insumo farmacêutico ativo de Moscou na próxima semana para começar a produzir a vacina para exportação em sua fábrica próxima ao aeroporto de Guarulhos (SP).

O Fundo Russo de Investimento Direto, que é responsável pela comercialização da vacina desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, planeja fornecer a vacina para países da América Latina a partir do Brasil.

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