Eletrobras: em abril, a União já havia entrado o valor de R$ 1 bilhão na estatal, por meio de outro adiamento para futuro aumento de capital (Adriano Machado/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2016 às 20h51.
São Paulo - A Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) informa que a União, seu acionista controlador, ingressou nesta sexta-feira, 9, com recursos na companhia, no montante de R$ 970 milhões, a título de adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC).
Em abril, a União já havia entrado o valor de R$ 1 bilhão na estatal, por meio de outro AFAC. Naquela época, a empresa informou que os recursos eram destinados à cobertura de despesas de capital de 2016, previstas no orçamento da holding.
Os recursos anunciados hoje têm por objetivo reforçar as fontes de recursos necessárias para atendimento do Programa de Dispêndios Globais (PDG) 2016.
A estatal lembra que está em processo de reestruturação empresarial, que tem como objetivos principais reduzir o nível de endividamento e custos e despesas operacionais e financeiras; viabilidade econômico-financeira das distribuidoras de energia, visando a transferência de seu controle acionário até o final de 2017; aumento da eficiência e produtividade; racionalização de seus investimentos; e melhoria da governança corporativa.
"Neste contexto, a companhia busca uma estrutura ótima de capital e acredita que a capitalização em referência, através de recursos de acionistas, contribuirá para que a companhia não majore compromissos financeiros, com encargos contratuais que não seriam atrativos neste momento e que poderiam comprometer os esforços que estão sendo feitos para a reestruturação empresarial acima mencionada", afirma.
A Eletrobras lembra ainda que suas empresas de geração e transmissão receberão os recebíveis referentes à indenização dos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000, denominados instalações da Rede Básica Sistema Existente (RBSE), que "constituirá uma importante fonte de receita".
"Porém tais recursos poderão ser destinados aos investimentos de geração e transmissão de longo prazo, já que tais recebíveis somente começarão a ser pagos a partir de julho de 2017".