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Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2011 às 17h08.
Brasília - O governo federal autorizou hoje (13) o empréstimo de R$ 3,728 bilhões para o estado de Goiás para pagamento da dívida da Companhia Energética de Goiás (Celg). Os recursos serão repassados pela Caixa Econômica Federal, com prazo de pagamento de 20 anos e juros anuais de 6%.
De acordo com o presidente da Celg, Carlos Silva, o repasse será feito em três vezes: o primeiro no mês que vem, quando serão liberados R$ 1,2 bilhão, o segundo em janeiro de 2011, com o repasse de R$ 1,5 bilhão e o último em janeiro de 2012, quando serão repassados R$ 1,028 bilhão. Como garantia, a Eletrobras ficará com 6% das ações da companhia goiana.
Silva explicou que a Celg tem uma dívida de aproximadamente R$ 6 bilhões. No entanto, parte desse débito já havia sido negociado.
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que o acordo "equaciona o problema Celg" e que a Eletrobras poderá ter representantes fazendo parte da diretoria da empresa goiana.
Ele lembrou que por conta da dívida, a empresa estava proibida de promover reajustes na tarifa elétrica. "A Celg é uma empresa que tinha um endividamento muito alto, que vem de anos esse processo bastante crítico, estava proibida de fazer reajuste e estava inadimplente com fundos setoriais e com o fornecimento de energia".
O governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), negou que o desfecho da negociação tenha cunho eleitoral, apesar da decisão ter sido anunciada às vésperas do segundo turno. O PP deve declarar apoio a candidatura de Iris Resende (PMDB) ao governo do estado que tem apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Foi uma luta longa, há mais de três anos que estamos nessa negociação da dívida e chegamos, após negociação com o Ministério de Minas e Energia, com a Eletrobras, com o Ministério da Fazenda, ao denominador comum", disse o governador.
"Sem dúvida nenhuma é uma notícia positiva para o estado de Goiás de uma negociação que estava sendo feita há muito tempo. Foi encaminhado um projeto de Lei à Assembleia do estado e não foi aprovado naquele momento e isso protelou em mais algum tempo a solução do problema. Contornamos esse problema com o governo federal que tem sido um grande parceiro do estado de Goiás", acrescentou Rodrigues.
O governador ressaltou ainda que a operação vai devolver a saúde financeira à estatal. "Nós optamos por salvar a Celg, que é uma empresa dos goianos, com capital goiano, é a maior empresa do Centro-Oeste e um fator de desenvolvimento muito grande para toda a região. Com isso, estamos entregando a empresa com saúde financeira e saudável", disse o governador.
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