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3º trimestre pode mostrar luz no fim do túnel para os shoppings

Maiores administradoras do país perderam valor em 2018, enquanto Ibovespa valorizou 15%. Mas terceiro trimestre deve trazer boas notícias

Imagem de arquivo de shopping center: mercado de shoppings já viu dias melhores no Brasil, mas também já teve perspectivas mais sombrias

Imagem de arquivo de shopping center: mercado de shoppings já viu dias melhores no Brasil, mas também já teve perspectivas mais sombrias

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 06h17.

Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 19h26.

O mercado de shoppings centers já viu dias melhores no Brasil — mas também já teve perspectivas mais sombrias. Ao menos é isso que devem mostrar as companhias de shoppings que divulgarão seus resultados a partir desta terça-feira.

Símbolo do período de crescimento econômico, quando chegaram a cidades com menos de 100.000 habitantes no interior do país, os grandes centros de compra encolheram em 2015 e 2016, e cresceram menos que o previsto em 2017. Mas um segundo trimestre apertado, com greve dos caminhoneiros e Copa do Mundo, adiaram uma esperada recuperação.

“Esperamos que o terceiro trimestre seja mais forte, com as vendas em mesmas lojas crescendo novamente embora em um ritmo suave” disse o BTG Pactual em relatório recente sobre o setor.

A administradora de shoppings Iguatemi divulga números hoje. A expectativa  é que a empresa que administra 14 centros comerciais apresente receita líquida de 177 milhões de reais, crescimento de 4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o BTG.

No segundo trimestre, as vendas tiveram alta de apenas 0,1%. Mesmo assim, a empresa teve lucro líquido de 60,6 milhões de reais, alta de 19% em relação ao ano anterior. O resultado positivo se baseou principalmente a redução de despesas.

Se confirmado, o crescimento no terceiro trimestre ajuda a consolidar o desempenho da companhia no ano e torna mais fácil atingir a meta de crescer de 2% a 7% em receita líquida em 2018.

Para chegar a esse resultado em meio à crise econômica, algumas das estratégias da administradora têm sido preencher áreas vagas com novos parceiros e reduzir os descontos oferecidos aos lojistas.

Também divulgam resultados essa semana as administradoras de shopping centers Sonae Sierra (amanhã) e Aliansce (quinta-feira).

Dona dos shoppings Plaza Sul e Campo Limpo, em São Paulo, a Sonae Sierra também teve um segundo trimestre complicado, com as vendas caindo 2,2%. Apesar disso, a receita líquida teve alta de 1%, impulsionada principalmente pela receita dos aluguéis, que subiu 2,8%. Assim como o Iguatemi, a Sonae Sierra reduziu os descontos nos aluguéis para compensar as perdas nas vendas.

Já a Aliansce, administradora de 32 shoppings pelo país, dentre eles o West Plaza (São Paulo) e o Leblon (Rio de Janeiro), deve ter alta de 5% na receita líquida, de acordo com projeção do BTG Pactual, chegando a 136 milhões de reais. A companhia trocou de presidente em julho e está sob o comando de Rafael Sales. No segundo trimestre, teve queda de 0,4% na receita líquida e de 13,7% no lucro líquido, que ficou em 25 milhões de reais.

A Multiplan, dona de 18 shopping centers, dentre eles o Morumbi Shopping, em São Paulo, divulgou resultados em 29/10 e mostrou aumento de 54,1% no lucro líquido no período, em relação ao terceiro trimestre de 2017, alcançando 116,4 milhões de reais. A explicação para o desempenho está principalmente no crescimento do Ebitda e na redução da despesa financeira líquida.

Enquanto o Ibovespa valorizou 15% este ano, Iguatemi, Aliansce e Sonae Sierra estão em queda. Os investidores ainda não compraram a recuperação do setor.

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