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Um passeio pela 'república independente' da Samsung

A multinacional bate cada vez mais seus próprios recordes e em 2012 acumulou mais de US$ 175 bilhões em vendas

Logo da Samsung (REUTERS/Albert Gea)

Logo da Samsung (REUTERS/Albert Gea)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2013 às 09h21.

Seul - Complexos esportivos, parques, piscinas e auditórios se unem às fábricas, escritórios e centros de pesquisa, inclusive um recém-inaugurado, na Cidade Digital da Samsung, que recebe mais de 30 mil funcionários ao sul de Seul.

O florescimento deste grande empreendimento de 172 hectares - o equivalente a 250 campos de futebol - na cidade de Suwon, representa a surpreendente evolução da Samsung durante a última metade do século passado, quando a Coreia do Sul passou da pobreza absoluta à riqueza.

Nas ruas arborizadas circulam poucos carros, vários ônibus e, principalmente, centenas de bicicletas que a empresa empresta aos funcionários para se deslocarem pelo local, com o objetivo de promover atividades físicas e assim compensarem as longas jornadas impostas pela empresa.

Os empregados da Samsung Electronics começam seu dia no início da manhã e não deixam o escritório antes da meia-noite, imersos na extrema competitividade da cultura sul-coreana em uma constante luta pela liderança mundial.

A nova joia da coroa na Cidade Digital da Samsung foi inaugurada há uma semana: o novo centro de pesquisa R5, com duas torres de 27 andares e cerca de 300 mil metros quadrados que são utilizadas para fins científicos e também para os negócios e serviços.

Com vidros negros e com muitas telas em seu interior, o novo templo da tecnologia abriga laboratórios dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento da telefonia celular, onde os técnicos realizam experimentos em câmaras herméticas capazes de simular as condições externas de qualquer ponto no planeta.

As torres R5 contam com um auditório para 700 pessoas, 150 salas de videoconferência e mais de mil para reuniões, além de restaurantes, um mega ginásio com pista de atletismo, três piscinas cobertas - uma delas olímpica - e um muro de escalada que chega até o teto da fábrica.


No entanto, tanto esse muro de 20 metros como as piscinas e o ginásio ficam vazios às 11h30 da manhã, porque 'só podem ser usados durante a hora de comer ou depois do trabalho', disse a Agência Efe um dos responsáveis pelas relações públicas da Samsung Electronics.

Antes do centro de pesquisa R5 já existiam outros quatro edifícios dedicados aos experimentos no local, que passou de um punhado de fábricas em 1969, para receber tantos funcionários quanto o número de habitantes do Principado de Mônaco.

A Samsung (em coreano 'três estrelas') nasceu em 1º de março de 1938, como uma pequena empresa de exportação de pesca, verduras e frutas, e nos anos 1970 começou a fabricar televisores em preto e branco, máquinas de lavar e geladeiras, e depois se tornou o que é atualmente.

Após anos de constante renovação e graças ao suor de seus funcionários nas intermináveis jornadas de trabalho - hoje são mais de 275 mil em todo o mundo - a multinacional bate cada vez mais seus próprios recordes e em 2012 acumulou mais de US$ 175 bilhões em vendas.

O sucesso da Samsung Electronics, demonstrado com seus novos telefones e aparelhos portáteis, transformou a empresa em referência mundial, uma realidade que fica ainda mais clara após uma viagem pela sua cidade digital.

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