Negócios

Um LinkedIn para atletas pode substituir agentes esportivos?

Uma rede social chamada SportJobz espera algum dia fazer pelos agentes esportivos o que o LinkedIn fez pelo recrutamento corporativo


	Basquete: site convida jogadores de basquete a criar perfis gratuitos, e os recrutadores podem então fazer pesquisas nesse banco de dados
 (Ronald Martinez/Getty Images)

Basquete: site convida jogadores de basquete a criar perfis gratuitos, e os recrutadores podem então fazer pesquisas nesse banco de dados (Ronald Martinez/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 22h52.

Entre os olheiros de talentos que estavam em Las Vegas nesta semana caçando estrelas na Liga de Verão da NBA, Roe Stimler tentava convencer as pessoas a abrirem uma conta no site dele.

O empreendedor israelense dirige uma rede social chamada SportJobz, que espera algum dia fazer pelos agentes esportivos o que o LinkedIn fez pelo recrutamento corporativo.

Stimler, um ex-agente esportivo de 30 anos, criou a SportJobz em Tel Aviv com o desenvolvedor e cofundador Lior Broshi há mais de um ano.

O site convida jogadores de basquete a criar perfis gratuitos com fotos, vídeos, estatísticas de jogo e outras informações.

Os recrutadores de times do mundo inteiro podem então fazer pesquisas nesse banco de dados, classificando os jogadores por idade, altura, peso, posição e até número do sapato.

O site despertou o interesse de times internacionais e de agentes independentes que não conseguiram entrar nos times da NBA.

Você não vai encontrar o perfil de LeBron James na SportJobz, mas mais de 3.000 jogadores, principalmente dos EUA, já criaram contas no site.

Cerca de 200 times, em sua maioria das ligas europeias, usam a SportJobz para esquadrinhar opções de talentos.

Diamond Foggia, um time da liga italiana, encontrou Laurence Donelson, um jogador americano, pelo site e assinou com ele um contrato de um ano no valor de US$ 45.000. Kavala B.C., da Grécia, e Waikato Pistons, da Nova Zelândia, também usaram a SportJobz para fechar acordos avaliados entre US$ 40.000 e US$ 50.000 com jogadores.

Mas The Rock não precisa ter medo de que seu personagem na série “Ballers”, da HBO, seja substituído em breve por um aplicativo.

Os atletas que costumam usar a SportJobz não teriam muita chance de conseguir um lugar inicial na NBA e geralmente são ignorados pelos agentes esportivos que estão tentando assinar um contrato com o próximo Andrew Wiggins em acordos multimilionários ou em patrocínios.

Essa classe de jogadores teve uma pequena oportunidade de brilhar neste mês durante a Liga de Verão da NBA, uma competição fora de temporada onde os times dos EUA testam escalações com novatos e jogadores sem contrato.

Expansão

Stimler espera expandir a SportJobz rapidamente antes que outras empresas marquem presença no setor de recrutamento esportivo on-line e ele está buscando financiamento para investir em promoções nos campeonatos, inclusive na Liga de Verão da NBA do próximo ano.

Enquanto isso, ele precisa descobrir um modo de gerar receita com a faixa inferior do mercado de basquete.

Atualmente, a SportJobz é gratuita tanto para os atletas quanto para os times, mas Stimler disse que por volta do próximo verão do hemisfério norte a empresa pretende começar a cobrar dos recrutadores uma taxa mensal de assinatura pelo acesso a mais filtros de pesquisa.

Os jogadores também terão a opção de pagar para obter mais ferramentas para fazerem propaganda deles mesmos para os times.

Muitos recrutadores europeus, que foram a Las Vegas para a Liga de Verão da NBA, agora estão voltando para casa depois do torneio que acabou no dia 20 de julho.

Eles vão levar aos seus gerentes gerais uma lista de candidatos para tentar mostrar que a viagem valeu a pena.

Evitar os altos custos das viagens, que poderiam chegar a um quarto ou mais do salário de um jogador iniciante, é parte do discurso de apresentação que Stimler faz aos times.

“A cada ano, centenas, ou até milhares, de jogadores de basquete estão acabando de se formar, vindos de distintas universidades, em todos os níveis, e não são suficientemente bons para a NBA”, disse Stimler.

“Esses jogadores estão ganhando exposição na Liga de Verão e querem passar para o próximo nível fora dos EUA”.

Acompanhe tudo sobre:BasqueteEmpresasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaEsportesInternetLinkedInRedes sociaisSites

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação