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UFC é vendido ao grupo WME-IMG por US$ 4 bilhões

A empresa é a maior organizadora de competições de artes marciais mistas do mundo


	Dana White: ele seguirá como presidente do UFC e terá uma participação de 1% na empresa
 (Jeff Zelevansky/Getty Images)

Dana White: ele seguirá como presidente do UFC e terá uma participação de 1% na empresa (Jeff Zelevansky/Getty Images)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 11 de julho de 2016 às 15h04.

São Paulo - O UFC, maior organização de artes marciais mistas do mundo, foi vendido por aproximadamente 4 bilhões de dólares (algo em torno de 13,2 bilhões de reais) ao grupo de entretenimento WME-IMG.

 A informação foi adiantada pelo The New York Times. O empresário Dana White, que já se tornou um ícone do campeonato, seguirá na presidência e manterá uma fatia de 1% no negócio.

"Nenhum outro esporte se compara ao UFC. Nosso objetivo sempre foi apresentar as maiores e melhores lutas aos nossos fãs e tornar esse esporte o maior do mundo. Estou ansioso para trabalhar com a WME-IMG e levá-lo ao próximo nível", disse White em nota.

As conversas para o acordo teriam começado em maio. Por trás da operação, estão os fundos de private equity Silver Lake e Kohlberg Kravis Roberts e a companhia de investimentos do bilionário Michael Dell.

O esporte

O Ultimate Fighting Championship (UFC) foi fundado em 1993, nos Estados Unidos, com regras mínimas. Ele foi anunciado como um campeonato que determinaria a luta mais eficaz para situações de combate desarmado.

Do coquetel de estilos, surgiu o conceito de artes marciais mistas (MMA).

Atualmente, o UFC é a principal organização de MMA e promove mais de 40 lutas por ano, em mais de 156 países. Pela televisão, os combates são transmitidos para mais de 1,1 milhão de residências no planeta, em 29 idiomas.

No Brasil, conquistou os espectadores. Nomes como Anderson Silva, José Aldo, Júnior Cigano e os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro são alguns representantes do país no octógono.

Aldo, inclusive, venceu o norte-americano Frankie Edgar e conquistou interinamente o cinturão dos pesos pena no último sábado (9).

Amanda Nunes também se consagrou como a primeira mulher do país a vencer a competição. Ela derrotou ainda no round inicial a norte-americana Miesha Tate, última lutadora a deter o cinturão na categoria peso galo.

A competição simbólica, de número 200, ocorreu em Las Vegas, nos EUA, e atraiu um público de mais de 18.000 pessoas.

Histórico

Até então, o UFC era controlado pela "Zuffa, LLC", dos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, donos de cassinos em Las Vegas.

Eles compraram a companhia por 2 milhões de dólares em 2001, preço 2.000 vezes menor do que ela vale agora.

"Nossos novos donos compartilham da mesma visão e paixão por esta organização e seus atletas", afirmou Lorenzo, presidente do conselho e presidente executivo do UFC.

Após a conclusão do acordo, ele deixará o dia a dia da operação, mas, junto com o irmão, continuará a ter uma participação minoritária na empresa.

A compradora WME-IMG já cuidava da divulgação do UFC e de alguns de seus lutadores há um tempo.

"Tem sido emocionante assistir o incrível crescimento da organização durante a última década. (...) Agora estamos empenhados em buscar novas oportunidades para o UFC e seus atletas talentosos, para garantir o crescimento contínuo e o sucesso do esporte em escala global", disseram em nota os co-CEOs da organização, Ariel Emanuel e Patrick Whitesell.

O grupo administra e representa mais de 800 eventos e entidades de esporte, moda e estilo de vida, entre eles a Premium League (liga de futebol da Inglaterra), a Copa do Mundo de Rugby e a NCAA (instituição máxima do esporte universitário dos Estados Unidos).

Recentemente, conseguiu o licenciamento e direitos de marketing da obra de BB King, lenda do blues que morreu no ano passado.

Ela tem aproximadamente 1.200 funcionários, em 33 escritórios pelo mundo.

Texto atualizado às 12h40.

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