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UE multa empresas de autopeças em mais de € 950 milhões

Comissão Europeia multou cinco fabricantes de rolamentos que estabeleceram acordo sobre preços e influenciaram o valor do aço

Joaquín Almunia, comissário europeu da Concorrência: multa afeta duas empresas europeias e três japonesas (John Thys/AFP)

Joaquín Almunia, comissário europeu da Concorrência: multa afeta duas empresas europeias e três japonesas (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 08h44.

Bruxelas - A Comissão Europeia decidiu impor uma multa de 953 milhões de euros a cinco fabricantes de rolamentos para automóveis e caminhões, que estabeleceram um acordo para fixar os preços durante mais de sete anos e influenciar o preço do aço.

A multa afeta duas empresas europeias e três japonesas. Outra empresa japonesa que também participou no cartel recebeu imunidade por ter revelado a existência do acordo secreto.

Esta é a sexta maior multa aplicada pela Comissão na história a um grupo de empresas que participaram em um cartel.

"Os cartéis no mercado de autopeças de automóveis podem reduzir a competitividade na indústria automotiva e inflar artificialmente os preços", afirmou o comissário europeu para Concorrência, Joaquín Almunia.

Os veículos contêm muitos rolamentos, para as rodas, a caixa de câmbio, a transmissão, o alternador ou o compressor de climatização, destacou a Comissão.

As empresas japonesas JTEKT, NSK, NFC e NTN, assim como a alemã Schaeffler e a sueca SKF, elaboraram uma "estratégia tarifária secreta no mercado durante mais de sete anos, de abril de 2004 a julho de 2011, no conjunto do Espaço Econômico Europeu (EEE)".

A Comissão calcula que o mercado de rolamentos na União Europeia representa, no mínimo, dois bilhões de euros por ano.

A empresa japonesa JTEKT, que teve a multa definida em 86 milhões de euros, recebeu imunidade por ter revelado o acordo entre as empresas.

A NSK foi multada em mais € 62 milhões, a NFC em quase quatro milhões, a sueca SKF em 315 milhões, a alemã Schaeffler em mais de 370 milhões e a japonesa NTN em 201 milhões de euros.

Todas receberam desconto de 10% porque concordaram em resolver o litígio com o pagamento à Comissão, segundo o Executivo europeu.

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