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UE investiga contratação de Barroso pelo Goldman Sachs

Goldman Sachs anunciou em julho a contratação do ex-presidente da Comissão como presidente não executivo e conselheiro, nomeação que provocou polêmica na Europa


	José Manuel Durão Barroso: a partir de agora Barroso não será recebido como um ex-presidente, e sim como um lobista
 (AFP)

José Manuel Durão Barroso: a partir de agora Barroso não será recebido como um ex-presidente, e sim como um lobista (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 09h32.

A União Europeia (UE) investiga a contratação polêmica do português José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, pelo banco Goldman Sachs, anunciou seu sucessor, Jean-Claude Juncker, em carta enviada à defensora pública europeia, que pediu esclarecimentos.

"Solicitei que a Secretaria-Geral (da Comissão) envie uma carta (a Barroso) pedindo esclarecimentos sobre suas novas responsabilidades e as condições de seu contrato", escreveu Juncker, que que solicitará posteriormente a opinião de um comitê de ética.

A defensora pública europeia, Emily O'Reilly, elogiou a resposta do presidente do Executivo europeu e pediu ao comitê de ética que se pronuncie "o mais rápido possível".

O banco americano de investimentos Goldman Sachs anunciou em julho a contratação do ex-presidente da Comissão (2004-2014) como presidente não executivo e conselheiro, uma nomeação que provocou polêmica na Europa. O presidente francês, François Hollande, considerou a situação "moralmente inaceitável".

O código de conduta da UE prevê que os comissários devem pedir uma autorização à Comissão para trabalhar em uma empresa privada durante os 18 meses posteriores ao fim de suas funções.

Apesar da contratação de Barroso ter acontecido após este prazo, O'Reilly declarou recentemente que "não é suficiente dizer que nenhuma regra foi violada" e pediu a Juncker uma posição sobre se a contratação aconteceu de acordo com as obrigações éticas".

"A análise da Comissão sobre o completo respeito dos princípios de discrição e integridade não tem limite de tempo e acontece em todos os casos", destaca o texto Juncker.

De acordo com a carta, a partir de agora Barroso não será recebido como um ex-presidente, e sim como um lobista.

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