Kweku Adoboli, funcionário do banco UBS envolvido no escândalo, em Londres (Neil Hall/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2012 às 21h51.
Londres - Gestores do UBS demitiram dois operadores envolvidos em incidentes de negociações não autorizadas não relacionados com o suposto fraudador Kweku Adoboli, de acordo com declarações em tribunal londrino nesta quinta-feira.
Em uma sequência de evidências diferentes apresentadas no julgamento de Adoboli, o júri ouviu que uma investigação interna do UBS envolvendo suas negociações descobriu "forte evidência de colusão em nível local".
Adoboli, 32, enfrenta duas acusações de fraude e duas de contabilidade falsa, que ele nega. Ele foi responsabilizado por perdas de 2,3 bilhões de dólares anunciadas em 15 de setembro de 2011, no dia em que foi preso.
Informações sobre três incidentes separados e anteriormente desconhecidos envolvendo negociações surgiram durante a investigação realizada pelo chefe global de controle de risco operacional do UBS, Colin Bell.
Sem divulgar detalhes dos três incidentes ou revelar quando eles ocorreram, Bell disse ao tribunal que dois de três operadores haviam sido demitidos. O terceiro ainda trabalha no banco suíço.
A questão foi levantada pelo advogado de defesa de Adoboli, Charles Sherrard, como parte de uma estratégia mais ampla para apresentar o UBS como um banco com sistemas fracos de complacência.
Questionado se os incidentes que levaram às duas demissões haviam resultado em perdas para o banco, Bell disse que houve um "elemento de reafirmação de lucros e perdas percebidos".