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Uber mira titãs do setor em busca por CEO, dizem fontes

Os candidatos para o cargo de CEO da Uber, incluindo Jeffrey Immelt, precisam ser capazes de restaurar a confiança na empresa após meses de controvérsias

Travis Kalanick: a empresa espera nomear um sucessor para Kalanick no início de setembro (foto/Reuters)

Travis Kalanick: a empresa espera nomear um sucessor para Kalanick no início de setembro (foto/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2017 às 15h52.

São Francisco - A Uber Technologies colocou na mira os mais experientes diretores executivos do mundo empresarial para preencher o vazio de liderança deixado pela saída de Travis Kalanick, um dos fundadores da companhia.

Os candidatos para o cargo de CEO da Uber, incluindo Jeffrey Immelt, precisam ser capazes de restaurar a confiança na empresa de transporte compartilhado após meses de controvérsias.

Immelt, que está prestes a abandonar o cargo de CEO da General Electric, é um dos pré-selecionados em uma lista de menos de seis candidatos para administrar a Uber e preparar a empresa para abrir o capital, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

A empresa vem tentando reduzir a lista para nomear um sucessor para Kalanick, que foi expulso devido a pressões de alguns dos principais investidores da empresa no mês passado.

Meg Whitman, CEO da Hewlett Packard Enterprise, também estava sendo considerada, mas ela retirou publicamente seu nome da lista na noite de quinta-feira, dizendo que a especulação sobre uma possível mudança era uma manobra de distração.

O conselho da Uber se reuniu na noite de quinta-feira para discutir a busca e outras questões, disse uma das pessoas, que pediu anonimato porque o assunto é privado. A empresa com sede em São Francisco espera nomear um sucessor para Kalanick no início de setembro. A GE e a Uber preferiram não comentar.

Immelt, de 61 anos, tem programado abandonar na próxima semana o cargo de CEO da GE, que ocupa desde 2001. John Flannery, veterano com 30 anos na GE, assumirá o comando, e Immelt permanecerá como presidente até o fim do ano.

O novo diretor da Uber vai herdar uma longa lista de desafios, muitos dos quais vêm piorando há anos, mas que chegaram ao ápice nos últimos meses.

As sensibilidades ferozmente capitalistas à la Ayn Rand da Uber criaram uma marca que é difícil de amar e deu oportunidades a alternativas mais acessíveis, como a Lyft, concorrente de sua cidade natal.

A política se tornou um problema quando Kalanick entrou no conselho assessor de negócios do presidente dos EUA, Donald Trump, desencadeando um boicote.

A Uber passou por uma crise interna neste ano após acusações de assédio sexual e discriminação por parte dos funcionários. A empresa contratou escritórios de advocacia para investigar e, como resultado, demitiu mais de 20 funcionários.

O Departamento de Justiça dos EUA iniciou uma outra investigação sobre o uso do software Greyball, da Uber, que ajuda os motoristas a fugirem de autoridades policiais.

Mesmo assim, a Uber tem potencial para se tornar uma empresa única em sua geração. As reservas brutas em 2016 foram de US$ 20 bilhões. Esses números têm crescido ainda mais neste ano, enquanto as perdas diminuem. E ainda existem investidores que expressam interesse em entrar a bordo. A SoftBank Group conversou sobre a compra de uma participação.

Mas a presença de Kalanick, 40, continuará sendo importante sob o comando do próximo CEO. Ele passou grande parte das últimas semanas tentando conservar sua influência no gerenciamento da companhia que ajudou a fundar em 2009, disseram pessoas a par do assunto. Ele pode acabar buscando um novo papel dentro da Uber, disseram as pessoas.

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