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Uber demite alto executivo por caso de estupro na Índia

Presidente da Ásia-Pacífico foi dispensado porque teria obtido de forma ilegal os registros médicos de uma mulher estuprada por um motorista em 2014

Uber: faxina interna da empresa já causou a demissão de 20 pessoas (Brendan McDermid/Reuters)

Uber: faxina interna da empresa já causou a demissão de 20 pessoas (Brendan McDermid/Reuters)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 8 de junho de 2017 às 16h35.

Última atualização em 8 de junho de 2017 às 16h44.

São Paulo – Depois de demitir 20 funcionários após uma investigação de alegações de assédio sexual feitas por clientes, o Uber anunciou hoje a demissão de um alto executivo da companhia.

Eric Alexander, presidente de negócios do Uber na Ásia-Pacífico, foi dispensado porque teria obtido de forma irregular os registros médicos de uma mulher estuprada por um motorista na Índia, em 2014.

O caso de estupro causou indignação generalizada no país contra a companhia e foi repercutido no mundo todo, como um dos fatos marcantes contra a reputação da empresa.

Na época, as autoridades de Nova Deli, onde o crime aconteceu, proibiram o uso do aplicativo na capital sob a alegação de falta de segurança, já que a empresa dizia não haver regra definida para checagem de antecedentes criminais de motoristas na Índia.

O motorista acusado de estupro havia sido preso pelo mesmo motivo três anos antes. Em 2015 ele foi acusado pelo crime contra a passageira do Uber, que também processou a empresa de aplicativo.

A demissão de Alexander faz parte de uma série de ações da empresa para combater comportamentos impróprios dentro de sua estrutura interna e está sendo feito com a ajuda do escritório de advocacia Perkins Coie.

No relatório da companhia contratada estariam mais de 200 nomes de pessoas, entre executivos e motoristas, que teriam de entrar na "faxina".

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