Uber comprará todo o sistema de mobilidade, entrega e pagamentos de Careem (Brendan McDermid/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de março de 2019 às 08h25.
Cairo — A empresa de veículos compartilhados Uber anunciou nesta terça-feira, 26, a aquisição da Careem, sua principal rival no Oriente Médio, em um negócio avaliado em US$ 3,1 bilhões. O pagamento será realizado mediante o desembolso de US$ 1,4 bilhão em dinheiro e US$ 1,7 bilhão em notas conversíveis, explicou a companhia americana em comunicado.
O acordo, que deve ser fechado no primeiro trimestre de 2020, está sujeito à aprovação dos organismos reguladores competentes, o que pode acarretar em dificuldades. A autoridade da concorrência do Egito já mostrou reservas para uma hipotética fusão do Uber e Careem em outubro, quando advertiu que este negócio poderia causar um "dano grave e irreversível" à concorrência do mercado e consumidores.
Em função do acordo, a Careem manterá sua marca e atuará como uma subsidiária da Uber nos 15 países nos quais opera, do Marrocos ao Paquistão, passando pela Turquia e pela maioria dos países árabes do Oriente Médio. A Careem opera também em países onde ainda não há serviços da Uber, como Iraque, Sudão e Kuwait.
O Uber comprará todo o sistema de mobilidade, entrega e pagamentos de Careem, o que permitirá oferecer serviços digitais através do desenvolvimento de aplicativos como o sistema de pagamentos digitais Careem Pay e de entrega de comida Careem Now.
A companhia, fundada em 2012, é especialmente forte nos mercados do Egito, Jordânia, Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, disse em comunicado que este negócio contribuirá para a "expansão" de sua plataforma de transporte no mundo.
"Este é um momento importante para Uber ao continuar a expandir a força de nossa plataforma no mundo", disse o Khosrowshahi.