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TRT mantém indenização contra Hopi Hari por revista íntima

Trabalhador acusado de roubar um caixa disse que foi obrigado a ficar quase nu em revista íntima


	Atração do Hopi Hari: o parque aceitou eliminar a revista íntima de funcionários, mas não concordou em pagar reparação ao dano coletivo
 (Divulgação)

Atração do Hopi Hari: o parque aceitou eliminar a revista íntima de funcionários, mas não concordou em pagar reparação ao dano coletivo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 20h54.

O parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP), terá que pagar uma indenização de R$ 500 mil por submeter trabalhadores à revista íntima e à revista de armários, bolsas e outros pertences. O Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, manteve condenação contra o parque em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho.

O caso aconteceu em 2010, após um trabalhador do Hopi Hari entrar na Justiça contra o parque alegando violações trabalhistas, entre elas a prática de revista íntima que o teria levado a ficar quase nu. O trabalhador foi preso acusado de furto de caixa. Ele estava com R$ 14,00, em dinheiro, dentro do parque, segundo o Ministério Público. Sem dinheiro para a fiança, ele ficou preso por quatro dias.

O procurador Ronaldo Lira, após ouvir outros funcionários, que teriam confirmado que tinham que "abrir ou retirar as roupas para exibição de partes do corpo, inclusive partes íntimas, verificação interna de bolsos, retirada de sapatos, palmilhas e meias", decidiu mover uma ação contra o Hopi Hari.

"É concludente que a revista da forma como praticada causou um constrangimento a incontáveis trabalhadores, pois invadiu sua intimidade e dignidade", escreveu a desembargadora Susana Graciela Santiso, relatora do caso, em sua decisão. O parque havia firmado acordo com o Ministério Público para eliminar a revista íntima e de pertences dos empregados, em 2011, mas não aceitou pagar reparação ao dano coletivo. A indenização vai para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O Hopi Hari vai recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Por meio de assessoria, o parque informou que "não pratica e nunca praticou revista íntima" e que "repudiou tal procedimento". O parque alega que após a homologação de acordo, o procurador propôs recurso para exigir o pagamento de R$ 500 mil a título de "danos morais à coletividade". "Medida que consideramos indevida e injusta, tendo em vista homologação do acordo", informou o Hopi Hari.

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